17:03PARA NUNCA ESQUECER

Manga (Aílton Corrêa Arruda)  nasceu em 26/04/1937

Manguinha é lenda viva jamais esquecida. Manguinha é seu dedo mindinho torto que dá medo de ver assim como seu rosto todo esburacado. Manguinha é criança e por isso se chamava assim mesmo: Manguinha. Mora no Equador há muito tempo, onde parou de jogar, mas a gente desconfia que ele nunca parou. Porque é assim mesmo. Manguinha jogou nasceu no Recife e como bom pau-de-arara foi fazer sucesso no Rio de Janeiro. E começou a ser imortal em vida ao jogar no time de Nilton Santos, Didi e Garrincha. Mas ele fez muito mais na longa e espantosa carreira. Ele jogou em outro time imortal, o do Internacional de Falcão e companhia. Um dia aportou aqui na província, vestiu a camisa do Coritiba e se imortalizou de vez para um humilde fã que, por acaso, trabalhava com futebol e o viu ganhar um título na famosa final de três jogos contra o Atlético Paranaense, em 1978, decidida nos pênaltis depois de 270 minutos sem gols. Na última partida entrou no segundo tempo com a perna arrastando e uma proteção na Coxa. Pegou tudo. Nos pênaltis, com certeza os jogadores do Atlético tremeram diante da lenda. E algumas não entraram porque ele estava lá. À noite, ao procurá-lo para levá-lo no dia seguinte à Boca Maldita, onde recebeu consagração, achei-o em Santa Felicidade. Comemorava o título com outro goleiro, o do adversário, Tobias, ex-Corinthians. Eram amigos. Todos eram amigos do grande Manga, do excepcional Manguinha. Uma criança enorme que é lenda real. Por isso nasceu no Dia do Goleiro.

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