Do enviado especial:
A pré-candidata ao Senado pelo PT Gleisi Hoffman participou de uma reunião nesta quarta-feira (21) com o ex-deputado Natálio Stica (PV) e um grupo de amigos que planejam o lançamento da candidatura dele à Assembléia Legislativa. Numa rápida conversa com o grupo, Gleisi afirmou que, mesmo estando em lados opostos, reconhece as qualidades de Stica e a importância de sua atuação política no Paraná. “Pode ser que não estejamos unidos agora, neste primeiro momento, mas acredito que num eventual segundo turno estaremos juntos em torno de um mesmo propósito” declarou. Sobre os entendimentos para a disputa eleitoral deste ano Gleisi, reafirmou a disposição de seu partido em lançar seu nome para a disputa ao Senado, situação que joga mais uma pá de cal nas pretensões do senador Osmar Dias (PDT) em tê-la como candidata a vice em sua chapa. “Eu me preparei para ser candidata ao Senado. Assumi um compromisso com a sociedade e não posso voltar atrás” afirmou a petista. Gleisi explicou aos presentes que as duas prioridades do PT estadual são eleger como presidente a ex-ministra Dilma Roussef e um candidato ao Senado no Paraná. Ela informou que ontem foi realizada uma reunião do PT nacional em Brasília onde foi solicitado à direção do PT paranaense que reafirmasse a disposição em disputar o Senado. Pesquisas recentes para a disputa às duas cadeiras do Senado apontam que Gleisi aparece em segundo lugar. Ela teria 34% contra 50% do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Numa pesquisa em Curitiba, Gleisi lidera com 51%. A pré-candidata reafirmou a disposição de seu partido em coligar com o PMDB ou o PDT no Paraná e, se isso não for possível, mesmo havendo um excelente relacionamento com Orlando Pessuti, o PT pode lançar candidatura própria ao governo do Estado. “É uma forma de levarmos a eleição ao segundo turno. Se isso não acontecer, corremos o risco de que o grupo de Jaime Lerner vença no Paraná e repetir o que já foi feito, quando as empresas públicas deixaram de ter respaldo. É a visão do Estado que está em jogo e a possibilidade de haver prejuízo às políticas sociais mantidas pelo presidente Lula”, afirmou Gleisi. Ela confirmou que que as negociações com o PDT estão difíceis, principalmente porque nos últimos dias Osmar Dias ratificou a sua disposição em disputar o governo mesmo sem o apoio do PT. A relação com a atual administração do Governo do Paraná, melhoraram muito, afirmou Gleisi: “Tenho muito respeito pelo Pessuti e com ele mantemos parcerias excelentes no âmbito federal e que precisam ser mantidas”.