10:06O horror!

De sexta-feira até ontem 48 pessoas foram mortas a bala em Curitiba e Região Metropolitana. O dado vem de um policial civil que sabe tudo e mais um pouco. A Polícia Civil do Paraná vai entrar em greve no próximo dia 22. O sindicato da classe promete parar tudo. O governador Roberto Requião ameaça com demissão. Os tiras estão armados com o que aconteceu em Alagoas. Lá houve greve, o governador ameaçou demitir pelo menos quem estava no estágio probatório, e o Supremo Tribunal Federal implodiu a ideia. Aqui, se Requião quiser fazer show de campanha, deverá abrir processo admistrativo para colocar na rua 3.700 policiais (13 distritos em Curitiba, 28 subdivisões na Grande Curitiba e 21 nas cidades do Interior). O próximo governador, segundo nos informa o policial civil que está nas ruas, mas já trabalhou em gabinete de comando, vai encontrar uma bomba de efeito retardado. Além do problema salarial, que não deverá ser resolvido por quem tem data para apear do poder, a carência de efetivo é gritante. O mínino de efetivo que a polícia deveria ter seria 7.600 homens. O ideal, 10 mil. Só em Curitiba sonha-se com 26 distritos policiais, que há muito tempo se transforam em depósitos de presos e sempre prestes a explodir em rebeliões e fugas, como a que aconteceu na Cidade Industrial. Aliás, ali se concentra a região mais violenta da capital. Naquela região com 300 mil pessoas, a delegacia tem 18 policiais civis. A entrada do devastador crack era o que faltava para tornar anabolizar a violência. Curitiba não tinha chacina até a expansão do comércio e consumo desta droga. Na sexta-feira passada um garoto de 11 anos foi morto na Vila Pinto e os pais foram feridos a tiros. Virou manchete. Ontem os familiares do garoto invadiram um barraco e mataram três, segundo relato do policial civil. Em Almirante Tamandaré um casal foi a um bar e levaram a filha de 9 anos. Uma moto passou em frente e metralhou o local. Pai e mãe foram feridos. A criança morreu. É o horror!

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