14:56A bosta do alazão

História paranaense contada pelo correspondente na Grande Curitiba:

A Estação Experimental do instituto de pesquisa fica ao lado da residência oficial do Rei. Vizinhos de cerca, uma porteira, que está instalada nos fundos da divisa das propriedades, estava permanentemente fechada.  Um belo dia, o poderoso acordou e ordenou a um de seus súditos que se dirigisse ao Instituto e comunicasse à administração que a tal porteira deveria ser aberta, para que ele, o maioral, pudesse passar com suas cavalgaduras preferidas nos passeiso matinais, deixando de dar uma grande volta, economizando seu precioso tempo. Obediente, o aspone  foi à administração do órgão e comunicou a ordem. Uma das administradoras respondeu de chanfro: “Não. A porteira tem que permanecer fechada”. Diante da negativa, o Rei, inconformado, ordenou que o aspone voltasse e insistisse. E lá foi ele. A resposta foi a mesma. O aspone então, apelou: “Então a senhora vai lá e fala isso pro home”! A corajosa se armou de pá e balde e dirigiu-se ao castelo real. Ao ser atendida pelo monarca, apontou suas armas ao Rei e disse: -“Abrir a porteira até abro, mas o senhor vai limpar a bosta que seu alazão deixar por lá!” A porteira permanece fechada e todos estão felizes para sempre.

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