6:39As contas do passado e a do futuro do transporte coletivo

A guerra do transporte coletivo de Curitiba vai ser muito mais violenta do que a do lixo. As 13 empresas que dividiam o serviço desde 1954, sem serem incomodadas, vão entrar na disputa, mas não querem dividir ou perder esta boca rica assim, “de uma hora para outra”. Seria bom algum historiador se debruçar sobre o assunto para revelar quanto capilé rolou até agora, e principalmente para quem, para que este “sistema” fosse mantido neste longo período de escandaloso privilégio. Aqui não se entra no mérito do serviço, porque, de fato, é um dos melhores do país. Mas também seria bom que as antenas sejam ligadas para a transformação exatamente às vésperas de uma eleição onde o prefeito de Curitiba, Beto Richa, está azeitando a máquina para tentar ser o próximo governador. Na fotografia e no marketing ele vai aparecer muito bem, como o político que peitou as empresas para realizar uma mudança – e isso ele anunciou faz tempo. Mas a tropa da iniciativa privada que comanda transporte público, assim como o sistema de lixo, é composta de profissionais que jogam bruto, pesado e, muitas vezes, sujo. Falar em transparência é besteira. O Ministério Público, o Tribunal de Contas e a imprensa é que devem ser os olhos da ninguenzada, aquela que se contenta com o verniz que lhe apresentam e sempre paga a conta sem chiar.

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