Keith Richards, 66 anos hoje
O som dos Rolling Stones é ele com os coadjuvantes conhecidos. É negro. Marginal sempre, apesar dos zilhões de dólares. A fonte que bebeu nos crioulos do blues dos Estados Unidos e transformou a banda na maior do rock. Deve rir do que escrevem sobre ele. O da transfusão de todo o sangue por conta do vício da heroína deve ser uma das mais famosas. A melhor está num documentário que registrou a homenagem que fez a Chuck Berry. Levou um tapa na cara do ídolo. Só não o esfaqueou porque era Chuck Berry. Sobrevivente, sempre na dele, fazendo o som que é perfeito para a voz e o estrelismo de Jagger. Um dia alguém escreveu: o que seria dos Stones sem o som da guitarra deste menino? Pirata no filme. Pirata na vida. Um dia, nas areias de Copacabana, há dois quilômetros do palco, o incrível som limpo da guitarra entrava na alma dos que ficaram longe para não serem esmagados. E todos dançavam porque ele fala com a alma, o coração, e faz o coração pulsar. Vida longa ao velho safado e querido.