Quem engendrou esta campanha de Roberto Requião à presidência da República é do balacobaco. Se foi ele mesmo, como sempre acontece, parabéns. Entrou numa fissura nacional com a trombada de Lula e sua boca solta (“O PMDB precisa fazer uma lista tríplice para indicar o vice), a mancha que colou Michel Temer, presidente nacional do partido que seria o vice de Dilma Rousseff e se viu dentro do panetone de José Roberto Arruda, e cresceu feito bolo com muito fermento. Assim, Requião ganhou espaço imenso até junho, quando acontece a convenção nacional do PMDB. Não será o candidato, a não ser que aconteça algum tsunami político, algo parecido com a candidatura de Fernando Collor de Melo, mas cacifa mais do que nunca sua imagem na província e garante a vaga ao Senado, mesmo que saia na chapa de Orlando Pessuti. Como política é política, pergunta-se: será que toda essa movimentação, com o governador do Paraná como protagonista, não vai resultar no apoio nacional do PMDB ao tucano José Serra e, por tabela, no abraço de Requião à candidatura de  Beto Richa aqui na terra, com indicação do vice na chapa? A conferir. Isso é política!