9:04PARA NUNCA ESQUECER

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Lúcio Alves

Não tenho a voz de Dick Farney, mas te digo: Ô Lúcio: você foi e sempre será um dos maiores cantores deste Brasil que enterra em vida seus ídolos. Sei do seu final triste, perdido numa rua dos arredores do Rio de Janeiro que era o seu palco perfeito naquelas anos todos de glória. Você que sempre se revoltou pelo ostracismo imposto sabe se lá porquê, saiba que sua voz é eterna, meu caro. Você sempre falou diretamente para as almas e corações. Era o timbre, macio, gostoso e com o balanço da nova bossa, bossa nova, da qual és um dos intérpretes antes do sucesso, antes do nascimento oficial. Você, Lúcio, era Mario Reis com mais veludo e melodia, ele que praticamente falava ao cantar e foi pai de João Gilberto e, quem sabe, até do samba de breque e de outro inesquecível, o Moreira, aquele, da Silva. Quem te ouve, jamais esquece. Quem te ouve, acredita no amor, mesmo que cantes a dor. Você era tudo e mais um pouco do que imaginava ser. Sofreu quando o sucesso se foi, mas isso são coisas da vida. Como o mar que tanto te ouviu cantar, você é eterno, Lúcio, pois ao tomar conta do querido ouvinte, fica para sempre. Obrigado. Lúcio Ciribelli Alves (Cataguases, 28 de janeiro de 1927 — Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1993) foi um cantor e compositor brasileiro.

 Carreira
Começou a tocar violão na infância. Criou nos anos 1940, o grupo musical Namorados da Lua, ele era o cantor, violonista e arranjador; o grupo fez sucesso e se desfez em 1947. Compôs com Haroldo Barbosa a canção De conversa em conversa e Baião de Copacabana.

No início da década de 1950 se tornou um dos cantores mais populares do rádio. Gravou com Dick Farney – Teresa da praia (Tom Jobim/Billy Blanco), Sábado em Copacabana (Dorival Caymmi/Carlos Guinle), Valsa de uma cidade (Ismael Neto/Antônio Maria), Xodó (Jair Amorim/J M de Abreu).

Lançou o disco Lúcio Alves interpreta Dolores Duran – 1960 – homenageando a cantora que morreu em 1959. Os discos A bossa é nossa e Balançamba, destacam-se as suas interpretações para Dindi (Tom Jobim/Aloysio de Oliveira), Samba da minha terra de Dorival Caymmi, Ah, se eu pudesse e O barquinho (Roberto Menescal/Ronaldo Bôscoli). Dóris e Lúcio no Projeto Pixinguinha – com Dóris Monteiro – gravadora EMI Odeon Brasil – 1978.

Romântico/A arte do espetáculo – ao vivo – gravado ao vivo no restaurante-bar Inverno & Verão – São Paulo – agosto de 1986. Foi a última gravação de Lúcio Alves.

 

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