Um xereta leu com atenção a entrevista de Eduardo Requião na Gazeta do Povo captou a mensagem límpida e cristalina: o irmão do governador está em Brasília, mas parece que abre a janela e sempre vê o cais do Porto de Paranaguá e o canal da Galheta. Quando cita as ações da APPA em relação as reuniões com a Previ, na compra das ações ele sempre se refere a nós, isso em periodos recentes e não no tempo em que ele era, oficialmente, superintendente do porto. Confiram:“A partir de um certo momento, existe uma troca de correspondência, uma informação por baixo do pano, de que quem estava fazendo uma proposta era a Copel. E nós procuramos agora saber recentemente qual era a proposta. Consta da ata e consta da documentação da Previ. No final da reunião, quando eles teriam de apresentar o direito de preferência, o cidadão que então dirigia a Fundação da Copel (Edílson Bertholdo) apresenta uma proposta da empresa Standard, do grupo Demeterco. O representante da Previ disse que ela era extemporânea e antiética, porque ele (Bertholdo) não era um broker (intermediário), ele tinha o direito de exercer a sua preferência (da Fundação Copel) e não de uma empresa externa.”

“Depois disso tudo, o Daniel (Lúcio Oliveira de Souza, atual superintendente da Appa) faz uma reunião com a Previ e fala sobre a proposta da Copel. Nessa reunião, ele diz que mantém a proposta da Copel, que tem o direito de exercer a preferência de compra. É ali que nós temos a surpresa. Nunca teve proposta da Copel. Nunca teve proposta da Sanepar. Nunca teve proposta de ninguém. E nós não tínhamos mais o tempo hábil para fazer a proposta. Mesmo assim fizemos, em nome do governador Requião. E eles nos responderam: nós não podemos mais porque nós temos um contrato com a Equiplan. Vocês não têm mais tempo. Se nós abrirmos mão disso teremos de pagar uma en orme multa à Comissão de Valores Mobiliários.”