Do correspondente na Tríplice Fronteira:

Desfez-se o apagão e estamos vendo agora o início de uma “guerra de comunicação”. Para entender Itaipu, segundo um engenheiro aposentado, é preciso antes de tudo explicar que a Usina (Itaipu) produz, gera e quem transmite
a energia é Furnas. A única linha de transmissão de Itaipu tem cerca de 6 km e vai da Usina até subesta ção de Furnas.
Quando ocorre esse apagão, com a queda das linhas de transmissão, há um estrondo inimaginável no interior
da Usina, causado pela súbita paralisação das máqui mas. O mesmo ocorre quando elas retornam a girar. O apagão, e veremos ainda hoje, será oficialmente debitado à tempestades que derrubaram torres de transmissão ou pane em subestações (Ivaiporã, no Paraná, ou Tijuco Preto, em São Paulo). Se houve “hackers” se intrometendo, Jorge Samek disse que em Itaipu não ocorreu, mas pode ter ocorrido em Furnas. Questões técnicas à parte, estamos numa guerra político-eleitoral detonada por Lula, ao antecipar as eleições de 2010. Nesse vale-tudo, tem elevador, metrô, trens,
hospitais, caos no trânsito, saques que serão juntados e colocados na conta e no colo do Governo, sem contar a repercussão no exterior sobre a infraestrutura de um país que hospedará Copa do Mundo e Olimpíadas. Ah, sim, e é bom não deixar o Edison Lobão, o homem do Sarney no Ministério de Minas e Energia, abrir a boca, senão o besteirol aumenta. O resumo é que agora, além de bolsa-familia, bolsa-funeral, bolsa-celular, já que não se discute a bolsa-emprego que dá salário a quem trabalha, a decadente infraestrututura do país está em pauta. Vai ter luz no final do túnel?