13:02Anselmo Duarte e o amigo de Curitiba

por José Maria Correia

Ao lado de Glauber Rocha, Anselmo Duarte foi o maior nome do cinema brasuca. Bonito por dentro e por fora, de rara inteligência e carisma, era tembém um homem humilde e simples. Muito mais cultuado e respeitado fora do Brasil. Anselmo foi o último dos grandes, senão o maior. Tive a sorte de conhecê-lo através do inesquecível tio Perly, o nosso guru e chefe da antiga turma do coffe shop do Hotel Colonial, da Comendador Araújo, onde reinava Jamil Snege e Requião era só mais um membro da turma conhecido como Melo, junto com Zanoni , Almir Feijó e o Leminski de rara aparição. O tio Perly foi amigo do Anselmo na época das vacas magras, quando dividiam um prato cuja conta era pendurada na Fiorentina do Leme – e assim permaneceu até morrer. Todas as poucas vezes que Anselmo veio a Curitiba fez questão de estar com o velho Perly, assim como fazia sempre Jorge Doria,  hoje doentinho. Isto antes do tio nos deixar pelo andar de cima. Ouvi do Perly  muitas histórias de grandes trepadas do Anselmo com belas muheres que eu idolatrava nas telas dos cinemas Avenida ,Luz e Ópera. Anselmo, para quem não sabe, além de grande ator e melhor diretor foi também o maior pegador do cinema. Cada vez que vejo partir uma jóia rara e insubstituível como o Anselmo Duarte morre um pouco mais do resto do menino e do jovem cinéfilo que sobrevive ainda dentro de mim.

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