Funciona assim: há pouco, no plenário da Assembleia Legislativa, o deputado Cleiton Kielse (PMDB) disparou o enésimo tiro contra a cobrança de pedágio. Levou um contravapor do deputado Elio Rusch (DEM), líder da oposição, que lembrou que ele, Kielse, defendia o governo Lerner, que criou o pedágio e era do mesmo partido, com a mesma veemência que defende agora o de Requião. “Dê um passeio pelas estradas do Paraná. Veja em que condições se encontram. Estradas precárias, intrafegáveis. Esta é a realidade. Aprovamos um pedido de informações há mais de 30 dias para saber em que pé estão as obras de recuperação das estradas do Paraná. Até agora, nada”, atacou Rusch. Para ele, a questão do pedágio se resolveria apenas de uma forma: mesa de negociação. “Porque, acima do governo existe a lei, existe um contrato.  E se a justiça condenar o governo, quem paga a conta não é o governador. Hoje o que preocupa é o passivo que este governo vai deixar para os próximos”, detonou. “Vamos parar de jogar para a torcida. Requião se elegeu em cima da promessa de acabar com o pedágio. Na outra eleição justificou que os contratos bem amarrados impediram qualquer ação. Aí prometeu as Estradas da Liberdade. Onde estão? Quem não fez em sete anos não vai fazer nesse ano restante tudo que prometeu em 2002 e não cumpriu”. Em tempo: Cleiton Kielse  rompeu com o PMDB e se filiou ao antigo PFL, no final do primeiro mandato do ex-governador Jaime Lerner. Depois voltou para o PMDB.