Na Escola de Governo o economista Dércio Garcia Munhoz tenta explicar, num trololó que só faltou ressuscitar Dilson Funaro com dados do Plano Cruzado, porque o Paraná despencou na participação do PIB nacional, segundo informou o Ins­­­tituto Paranaense de Desen­­­volvimento Econômico Social (Ipardes) e a Gazeta do Povo publicou. Durante o governo de esquerda de Roberto Requião, os números foram de 6,4%, em 2003, para 5,8% em 2008. Celso Nascimento, o principal colunista político do Estado, lembrou em seu texto de hoje que no Governo Jayme Canet, o jornalista Helio Teixeira produziu uma reportagem de capa da revista Veja onde se afirmava que “O Paraná está pronto”, por conta de todas as obras de infraestrutura que à época se realizavam. Tal afirmativa gerou uma polêmica onde o também jornalista Luiz Geraldo Mazza ficou do outro lado da fronteira e detonou a reportagem otimista. Na verdade, o Estado estava pronto para crescer e, anos depois, de positivo, queiram os críticos ou não, o grande salto dado foi obra do governo Lerner, com a atração das multinacionais como carros-chefe da industrialização e da mudança do perfil macro-econômico. Descontadas as chamadas variáveis econômicas, o país sob o comando do presidente Lula, que adotou política econômica ortodoxa, mantendo os pilares do Plano Real, o que aconteceu aqui na província pode ser resumido no descaso com que foi tratado o Porto de Paranaguá, porta de entrada e principalmente de saída dos produtos agrícolas e industriais. Ou seja, o governo que se apresentou populescamente como de esquerda e voltado para os pobres, fez quase nada e, no resto, fez o que poderia ser o título de uma outra reportagem: “O Paraná está bagunçado”.