15:31Felipe Hirsch no Espaço Cênico

Do jeito que veio:
 
A partir deste mês, novidades na área teatral: Felipe Hirsch e Nena Inoue firmam nova parceria na ocupação e manutenção de um espaço cultural comum. A Sutil Companhia de Teatro instala-se na sede do (ex) ACT, que por sua vez  passa a adotar o nome que em 1997 originou  o referido  local como espaço cultural: o  Espaço Cênico. Profissionais em constante movimento, Nena e Felipe são também amigos de longa data e têm algumas utopias em comum, entre elas, a de continuar mantendo um espaço cultural independente em Curitiba. As salas de estudos, ensaios e apresentações serão rebatizadas de Salas Augusto Boal e Henfil. 

A primeira programação desta nova fase é uma Master Class com Felipe Hirsch (diretor teatral, produtor e cineasta). Um dos nomes de maior destaque do cenário artístico nacional, o premiado diretor falará sobre Cinema (Grandes Diretores), Música (Movimentos da Música POP) e Teatro (Dramaturgia e Encenação), dias 19, 20 e 21, respectivamente. Extensiva a públicos de distintas áreas, artísticas ou não, a Master Class contará ainda com material complementar de  livros, vídeos, imagens, CDs, DVD´s  do acervo pessoal de Felipe, composto por verdadeiras pérolas da arte contemporânea. 

E na sequência, no próximo dia 27, aproveitando a estada do Teatro da Vertigem em Curitiba, os integrantes participarão de um encontro aberto a público, mostrando um pouco do processo de trabalho adotado por este que é um dos mais importantes, polêmicos e inquietos grupos de teatro do país. 
 
 

Serviço: 

Master Class com Felipe Hirsch

Dia 19 (15h às 19h) – Cinema (Grandes Diretores)

Dia 20 (15h às 19h) – Música (Movimentos da Música POP)

Dia 21 (19 às 23h) – Teatro (Dramaturgia e Encenação)

Local – Espaço Cênico – Rua Paulo Graeser Sobrinho, 305.

Investimento: R$ 100,00 (por módulo) ou R$ 200,00 (3 módulos)

Inscrições – de 14 a 18 de setembro

Informações: (41) 3338 0450 / www.act.art.br

Parceria e Realização: Cia Máscaras de Teatro e Espaço Cênico

Encontrosnecessários com Teatro da Vertigem

Dia 27 – das 15h às 18h

Local – Espaço Cênico – Rua Paulo Graeser Sobrinho, 305.

Entrada Franca

Informações: (41) 3338 0450 /  www.act.art.br

Parceria e Realização: Teatro da Vertigem e Espaço Cênico   
 
 

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FELIPE HIRSCH

Felipe Hirsch fundou com Guilherme Weber, em 1993, a Sutil Companhia de Teatro, que coleciona mais de 100 prêmios e indicações nos quinze anos de existência. Criou e dirigiu, entre outros, os espetáculos “Avenida Dropsie” sobre a obra de Will Eisner (4 indicações para o prêmio Shell), “Temporada de Gripe” de Will Eno (Prêmio George Oppenheimer 2004 NYC); “A Morte de um Caixeiro Viajante” de Arthur Miller com Marco Nanini e Juliana Carneiro da Cunha (Prêmio APCA de Melhor Espetáculo 2003); “Os Solitários” com Marco Nanini e Marieta Severo (Prêmio APCA de Melhor Espetáculo 2002); “A Memória da Água” com Andréa Beltrão, Eliane Giardini e Ana Beatriz Nogueira (Prêmio Governador do Estado do Rio de Janeiro de Melhor Direção 2001); “A Vida é Cheia de Som & Fúria” com Guilherme Weber (Prêmio Shell de Melhor Direção 2000); “Estou Te Escrevendo de um País Distante” sobre o Hamlet de William Shakespeare, (motivo da Tese de Doutorado na Universidade de São Paulo da Dra. Célia Arns de Miranda); além de outros premiados espetáculos, grandes sucessos de público e crítica. 

Felipe Hirsch e a Sutil Companhia de Teatro realizaram temporadas de sucesso nos melhores teatros Brasileiros, nas principais cidades do país. Além das temporadas, Felipe Hirsch vem cumprindo uma longa jornada de palestras, debates e apresentações nas maiores entidades fomentadoras de cultura do país como o Sesi, Sesc, Itaú Cultural, Centro Cultural São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, etc. Seu trabalho vem sendo amplamente divulgado pela imprensa do país, seus espetáculos vem sendo escolhidos regularmente como os melhores do ano pelos jornais Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil e pelas revistas Veja, Isto é, Época e Bravo, por exemplo.

Trabalha e pesquisa constantemente com a mesma equipe de criação, o que intensificao desenvolvimento de seus projetos, equipe que inclui entre outros nomes, além de Guilherme Weber, os atores Leonardo Medeiros, Erica Migon, Magali Biff, o iluminador Beto Bruel, a figurinista Veronica Julian, os músicos Rodrigo Barros Homem Del Rei e L. A. Ferreira, o diretor-assistente Murilo Hauser e a diretora de arte Daniela Thomas. Em 2003 fundou a TAO Produções, responsável pelas produções da companhia, editou um livro em comemoração aos 10 anos de trabalho da Sutil Companhia.

A crítica e jornalista Mariângela Alves de Lima do jornal O Estado de São Paulo definiu, na época, a Sutil Companhia assim: “(…) trata-se, portanto, de um conjunto organizadíssimo, capaz de manter peças em repertórios, equipe artística e técnica constantes e, como se isso não fosse pouco, produzir reflexões escritas sobre suas criações (…) essa disciplina na produção e na divulgação do trabalho explica, em parte, a projeção nacional do grupo originário de Curitiba. Não explica inteiramente porque é preciso considerar, alem da imensa qualidade do trabalho, um núcleo de significado que se mantém centrando as soluções estéticas do grupo. É um grupo que vem trazendo para o palco, em diferentes perspectivas, o tema dos movimentos anímicos sob a superfície concreta da vida contemporânea (…) a solidez da organização, o tratamento racional dos temas das peças e do domínio da tecnologia da cena parecem fazer parte da significação do trabalho. São talvez essenciais para um grupo que se ocupa da fluidez, da escassa e da abertura para o imponderável da matéria psíquica (…) provam, uma vez mais, que se trata de um grupo empenhado no enfrentamento dos desafios intelectuais da renovação cênica. Tudo é bem-feito, sério, refletido. Felipe Hirsch , responsável pela direção, não contorna obstáculos…”

O Professor Jorge Coli no Caderno Mais! da Folha de São Paulo acrescenta: “(…) é um teatro vivo, vigoroso como poucos, que foge de convenções para atingir uma verdade teatral que a faz nova, inesperada.” Nesse mesmo ano, sobre o espetáculo Os Solitários a Folha de São Paulo usou os seguintes adjetivos: “Teatro Transgressor, Fascinante, Hilariante, Comovente, Assustador, Vigoroso, Inovador e Antológico!”

Sobre Avenida Dropsie em 2005, o editor do Jornal O Globo, Artur Xexeo, escreveu: “(…) Aceite um conselho: entre num avião, tome um ônibus, suba num trem, pegue uma bicicleta, faça qualquer coisa, mas vá até São Paulo e assista Avenida Dropsie (…) um dos espetáculos mais impactantes da história do teatro Brasileiro (…) No fim da peça a platéia da Sutil Companhia emite urros que a gente só pensa ouvir em shows de rock”. A pesquisadora da USP Silvia Fernandes acrescentou na Revista Bravo!: “(…) É a súmula do teatro contemporâneo, transforma a cena em campo de pesquisa capaz de combinar exatas adaptações literárias à mais radical experimentação com a imagem.”

Hirsch também é colaborador da Revista Bravo, da Revista Trip e do Jornal O Globo. No início de 2006 Felipe Hirsch organiza e edita, com a Travessa dos Editores, o projeto “Ultralyrics”, em memória da obra do poeta Marcos Prado, junto da sua banda punk preferida, o “Beijo AA Força”. 

Durante o ano de 2006, dirigiu Paulo Autran no clássico “O Avarento” de Moliére (Finalista do Prêmio Bravo! 2007, eleito como a Melhor Peça do Ano pela Revista Veja e pela Folha de São Paulo), deu seguimento a seu trabalho com Will Eno com “Thom Pain – Lady Grey”, e encenou uma versão de “Bluebeard`s Castle” produzido pelo Palácio das Artes em Belo Horizonte, incluído na temporada 2008 do Theatro Municipal de São Paulo e vencedor do Prêmio Carlos Gomes de Melhor Montagem de Ópera do Ano. O Jornal A Folha de São Paulo definiu essa montagem como “(…) a reinvenção da encenação de óperas no Brasil”. Ainda no ano de 2006, Felipe Hirsch é escolhido pelo jornal O Globo como um dos “100 Brasileiros Geniais – Um dos mais influentes pensadores do país”.

Comemorando o décimo quinto ano da Sutil Companhia de Teatro, Felipe Hirsch criou o espetáculo “Educação Sentimental do Vampiro” sobre a obra de Dalton Trevisan. A peça foi escolhida como a melhor do ano pelo jornal O Estado de São Paulo, o ator Guilherme Weber foi eleito o melhor ator do ano pela APCA, a Revista Veja e o Site UOL escolheram o Vampiro como um dos 5 espetáculos do ano, o espetáculo foi indicado para mais dois Prêmios Shell e Arnaldo Jabor o definiu como uma “obra-prima” no Jornal da Globo. 

Em 2008, a peça de câmara “Não Sobre o Amor”, além de ser duas vezes vencedora do Prêmio Shell, recebeu o Prêmio Bravo! de Melhor Espetáculo do Ano em cerimônia realizada na Sala São Paulo. A crítica Bárbara Heliodora define o trabalho como “(…) um caminho novo para o teatro”. A revista Bravo! acrescenta “o espetáculo é uma das montagens mais inteligentes do teatro brasileiro recente” e a Folha de São Paulo diz que “Não Sobre o Amor reinventa todos os conceitos do teatro.” Felipe Hirsch, ainda nesse ano, dirigiu o show “Homenagem a Tom Jobim, com Caetano Veloso e Roberto Carlos” e finalizou a filmagem de seu primeiro longa-metragem chamado “Insolação”, criado com Daniela Thomas e Will Eno.

No início de 2009 Felipe Hirsch estréia, com imenso sucesso de público e crítica, a peça “Viver Sem Tempos Mortos” com Fernanda Montenegro sobre a obra de Simone de Beauvoir. A peça esgota todos os ingressos disponíveis antes mesmo da estréia de sua temporada de São Paulo. Ainda em 2009, Insolação, filme dirigido por Felipe Hirsch e Daniela Thomas é selecionado para o Festival de Veneza, um dos três mais importantes do mundo, ocupando lugar de destaque na mostra “Novas Correntes do Cinema Mundial”. Insolação participará, nesse ano ainda do Festival do Rio de Janeiro, na condição de hors concours e da Mostra de Cinema de São Paulo. 2009 também marca o ano em que o “Radiocaos”, programa de rádio que tem Felipe Hirsch como um dos criadores, passará a ser retransmitido no Rio de Janeiro.

Para os dois próximos anos, Felipe Hirsch escreve o roteiro do seu segundo filme e com a Sutil Companhia trabalha em uma Tour de Repertório no Brasil e na Europa, enquanto criam e desenvolvem novos espetáculos. “As Coisas”, “Os Desgraçados”, “Sutil”, “Inverno”, e “Ultralíricos” e “Tao”, são alguns dos novos projetos com estréias prometidas para os próximos anos. Os 10 anos de “A Vida é Cheia de Som & Fúria” serão comemorados com uma temporada e Felipe Hirsch dará continuidade também a uma sequência de trabalhos com a atriz Fernanda Montenegro e com o ator Marco Nanini, além de participar da curadoria de importantes eventos culturais.

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