Do jeito que veio:

Duas reuniões realizadas no fim de julho serviram para a definição de um acordo prévio entre a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), produtores artísticos e a Associação de Moradores do Abranches (AMADA). Os encontros, que aconteceram na sede da FCC, foram promovidos pelo vereador Jonny Stica (PT), que encabeça a campanha “A Pedreira é Nossa!” (www.apedreiraenossa.com.br).

“Nas reuniões foram definidos os termos para uma nova regulamentação do espaço, como, por exemplo, os órgãos responsáveis pela fiscalização do local, novos horários de funcionamento e as multas em caso de não cumprimento das normas, pontos fundamentais para que a Pedreira volte a funcionar”, disse Jonny Stica. Também foram apresentadas ideias para a revitalização do espaço por parte da FCC.

Também participaram dos encontros o presidente da FCC, Paulino Viapianna, a diretora de ação cultural do órgão, Lucy Daros, o procurador do município Héliomar de Freitas, diversos produtores artísticos da cidade e o representante da AMADA, João Carlos Flor.

Após análise das partes e ratificação dos termos por parte do setor jurídico da FCC, a proposta de novas regras será entregue ao Ministério Público do Paraná, autor de uma ação civil pública que inviabilizou a utilização da Pedreira Paulo Leminski para grandes produções e que aguarda um pedido de perícia técnica no local para tomar uma posição.

“É imperativo para o crescimento cultural curitibano a volta dos shows à Pedreira. Basta ver, por exemplo, a polêmica envolvendo o preço cobrado pelos ingressos do show do Roberto Carlos. Se acontecessem na Pedreira, certamente o ingresso seria mais acessível”, argumentou o vereador. As apresentações do cantor acontecem nos dias 2 e 3 de outubro, no Teatro Positivo, e a entrada vai de R$ 400 a R$ 1,2 mil.

Nesta terça-feira, o abaixo-assinado pedindo a reabertura da Pedreira, iniciado em maio, atingiu 11,6 mil assinaturas.