Só para esquentar o debate. No Seminário da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), o ex-governador Jaime Lerner disse que para implantar um sistema de ônibus de alta capacidade, com dois eixos de vias exclusivas para ônibus, em 40 cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, a previsão é de um investimento público de R$ 6 bilhões. Ou seja: dois metrôs como o previsto para Curitiba. Lembrou também que em São Paulo, mesmo com quatro linhas de metrô, 84% dos deslocamentos são feitos na superfície, ou seja, de ônibus. Ele bate na tecla de que o metrô é caro, demora para ficar pronto e exige subsídios para a sua operação. “Se entrarmos em sistemas altamente subsidiados, corremos o risco de não ter dinheiro para a educação, saúde, etc”.
engraçado que no governo do estado lerner não gastou com metrô mas deixou um caos em educação, saúde e segurança
É o cara!
Mas que insistência de Lerner! Por acaso o metrô de São Paulo é ocioso, como ele tenta fazer entender? Ora, se 84% dos deslocamentos são na superfície, é simplesmente porque não há mais linhas de metrô. A “superfície” absorve os 16% restantes quando o metrô faz greve, por exemplo? É óbvio que não. Mas o urbanista não quer ver o óbvio. Fixou-se na idéia de canaletas cheias de semáforos e de ônibus prateados que furam sinais e que, atrapalhando o tráfego, fazem paradas no lado esquerdo das vias (lado este que, segundo a legislação de trânsito, deveria ser reservado ao trânsito rápido).
Nada como ser consultor de uma conhecida fábrica de ônibus e caminhões, instalada em Curitiba. Ônibus é a solução pra tudo. Vide o exemplo desta capital, com o melhor sistema de transporte coletivo do país – quiçá do mundo! – mas também com uma das maiores frotas de carros particulares do Brasi…. por que será?
Claro que essa é a defesa do Lerner. Se ele não defender isso como fica sua subsistência? Agora falar em falta de dinheiro para educação, saúde, agricultura, isso ele sabe bem como é, pois deixou um caos no Estado. LERNER NÃO TEM MORAL E CREDIBILIDADE PARA FAZER CRÍTICA A NADA. FORA JL, FORA BR
insistência a dos betólatras, de ver seu queridinho com um orçamento bilionário para poder comprar votos por um valor mais justo do que 1600,00. Afinal se para a prefeitura a compra de votos é mais barata, para o governo deve ser bem mais cara. némêmo?
Caro Luiz Fernando: percebo pelo teu arrazoado que você é um especialista na área. Vou logo adiantando que eu não sou. Minha qualificação, se assim posso dizer, é a de curitibano que eventualmente usa o sistema que está aí e que também sabe que, cheio de deficiências que não podem ser negadas, continua sendo o melhor do país, a anos-luz das demais cidades. Mas já que você colocou a questão nesses termos, ficarei satisfeito se responder apenas a uma pergunta: se as coisas são assim tão simples, porque São Paulo não possui, então, mais linhas de metrô?
Pingback: Lerner em campanha contra o metrô | Fábio Campana
Aos insatisfeitos que se mudem para São Paulo de ,onde se paga por cada embarque e tem uma cópia mal feita de nosso sistema integrado que a Martinha tentou implantar.
O Lerner gosta é das estações-tubo. Aquelas que rendem roaylties para o escritório DELE. Como diz a Paraná em Páginas, é preciso dizer a “verdade sobre o ‘homem público'” Jaime Lerner.
Meu Deus. Como tem pessoas que entendem de transporte nesses cometários.
Admiram mais as outras cidades do que onde moram.
Se Curitiba não tivesse sido planejada alguns anos atrás, o caos seria bem maior aqui, do que está atualmente.
Tem gente que somente olha para o próprio umbigo.
“em São Paulo…84% dos deslocamentos são feitos na superfície, ou seja, de ônibus”
Um urbanista pegar como EXEMPLO de transporte urbano a cidade de São Paulo é “expressionante” como diria o Zé Beto…
O bem informado aí de cima diz “O Lerner gosta é das estações-tubo. Aquelas que rendem roaylties para o escritório DELE.” Como é fácil falar bobagem e assacar contra a honra alheia, não? Ele sabia que o Lerner abriu mão de seus direitos sobre as estações-tubo? Se orienta na vida, néscio!
“Roaylties”? Não seria “royalties”? Um pouco de cultura não faz mal. E de mais a mais você precisa cuidar do que escreve, teu chefe pode não gostar do uso de palavras estrangeiras. Substitua por “direitos” ou algo assim.
“Aos insatisfeitos que se mudem para São Paulo de ,onde se paga por cada embarque…”
Quanta ignorância! Em São Paulo existe o BILHETE ÚNICO, sabia? O Lerner fala, fala, fala de ônibus, mas nunca cita o bilhete único. A prefeitura está aí, reformando terminais, quando o bilhete único os torna obsoletos. É um absurdo ter que se dirigir até terminais no fim do mundo para pagar uma passagem quando essa troca poderia ser feita na rua. Mas é claro que isso não interessa às empresas de ônibus. Aí está São Paulo, a caótica, nos ensinando como fazer transporte.
Além do mais, por que não eltreficar as linhas de ônibus? A eletrecidade no Paraná é barata, Curitiba tem corredores de ônibus. Os trolebus eliminariam o barulho, a poluição e a passagem não seria mais cara com o aumento do diesel. Mas por que, então, não se faz?
ops… grafei errado uma palavra, certo é “eletrificar”