9:23Dose dupla!

Hoje, numa mesma página da Gazeta do Povo, a 13, do caderno Vida Pública, duas mostras de como o governo comandado pelo estadista, administrador e showman Roberto Requião funciona:

– O Governo do Estado não consegue cobrar as dívidas do ICMS, que chegam a R$ 12 bilhões, metade da previsão da receita do estado neste ano. O Ministério Público vai tentar dar uma força com a rede de procuradores. Carlos Marés, procurador-geral do Estado disse, para elogiar a iniciativa, “que o estado desistiu de alguns processos pela impossibilidade de efetuar a cobrança”. Citou o caso da maior dívida, de R$ 40 milhões, de uma empresa do Norte do Paraná que foi autuada pela Receita Estadual por irregularidades na importação e exportação. Quando foram cobrar, descobriu-se que ela não existia, na prática, e que foi criada para gerar créditos tributários. “Não vamos conseguir cobrar esta dívida. A empresa funcionava em uma sala alugada, estava em nome de ‘laranjas’ e não tem nenhum bem para executar’, disse o procurador-geral. É… é uma situação inacreditável, mas se alguma mente do mal ler isso aí, vai ficar tentado a seguir o caminho de quem deu o golpe, porque, ao que parece, até a máquina pública descobrir que estava sendo enganada, tartaruga completou a maratona.

– A outra é a da licitação para contratar agências de publicidade. O guia dos paranenses tentou atropelar tudo, como rinocerante enloquecido no meio da feira-livre, escanteando as agências para contratar emissoras de televisão para transmitir propaganda oficial. Depois ele tentou cadastrar as emissoras de tv interessadas nas condições impostas pelo governo. Ou seja, fez tudo da forma que ele acha certa. Foi interrompido nas duas vezes pela Justiça. Agora o Estado anuncia que vai fazer licitação normal, porque o tempo voa e a eleição do ano que vem está aí.

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4 ideias sobre “Dose dupla!

  1. Álvaro Malaguini

    E PARECE QUE O ESTADO DO PARANÁ TEM UMA “TROUPE” DE AUDITORES FISCAIS, POIS NÃO?

  2. miltinho

    Sobre licitações: o engraçado é que eu nunca vi por aqui algum comentário sobre as trapalhadas nas licitações da prefeitura. Ah, vai ver que não pode. Zé, pede pra sair.

  3. jango

    Mais um ativo judicial que vira passivo … ou passado … ou até nunca mais … ninguém é responsável … isso acontece …. você acredita … mas você paga seus impostos direitinho … você paga tudo … tem o passivo judicial milionário do pedágio, etc … mais este …

  4. JJ

    O pior, bem pior, da matéria sobre a Licitação que o Governo do Rei Quião (só mais 330 dias) pretende fazer, para torrar mais de 50 milhões de reais até dezembro (precisa?) é o texto, que parece release oficial do Palácio, distorcendo fatos sobre os serviços e honorários legais das agências de publicidade, segundo o Procurador-geral do Estado (que não procurou se informar antes de opinar, ou foi pau-mandado do chefe).

    Os veículos de comunicação não podem transferir ao anunciante – seja ele qual for e de que porte for – a comissão de agenciamento (de 20%) que deve ser paga por eles (veículos) ás agências legalmente estabelecidas…ao contrário do que quis fazer crer o Procurador.

    Além disso, a afirmação dele de que “a agência decide que veículos utilizar, quanto vai pagar e de que forma.”.o que daria margem, segundo o Procurador, “ao superfaturamento de serviços e desvios de recursos”. Este senhor não sabe de nada ou se faz de idiota de propósito. Pior é a Gazeta publicar isso, sem contestação, pois nenhuma agência autoriza coisa alguma sem autorização prévia e por escrito do anaunciante, de acordo com um planejamento de comunicação e de criação de materiais também previamente aprovados pelo anunciante. Além disso, os veículos possuem atebelas de preço, as agências negociam sim o preço final (inclusive com a participação do anunciante, se ele assim o desejar). E quem estabelece prazos de pagamento são os veículos e fornecedores, também com prévio conhecimento e consentimento do anunciante.

    O que o maior jornal do Paraná fez foi publicar a visão requianista da publicidade e da propaganda – que é totalmente equivocada, tendenciosa e burra.

    Uma lástima e um desserviço aos leitores.

    JJ

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