Do correspondente na Tríplice Fronteira:

O Tratado de Itaipu era (até sábado) exemplar, tanto que é usado como modelo a outros países na constituição de
empresas binacionais. Aliás, trabalham também nessse sentido o próprio Brasil e a Ucrânia, que pretendem explorar
o espaço com uma empresa similar e base no Maranhão de Sarney, onde já há a de Alcântara. O Tratado de Itaipu, jamais modificado, foi assinado em 1973 e deveria ser renegociado em 2023. Mas o senhor Lula, tenta desrespeitar o que foi acordado e quer mexer no documento, presenteando o Paraguai com mais um naco de benesses. O Congresso terá de aprovar, mas convenhamos que desse Congresso não dá para esperar nada, muito menos a defesa dos interesses do bolso dos consumidores brasileiros de energia que pagarão a conta. Não se deve nunca esquecer que o capital de US$ 100 milhões de Itaipu teve a parte (50%) paraguaia emprestada pelo Banco do Brasil. A construção da usina foi feita com empréstimos realizados pelo Brasil e garantidos pelo nosso Tesouro (hoje US$ 19 bilhões). Nadinha, nadica, nicht, niet coube aos paraguaios que pagam (ou pagavam até Lula baixar as calças) com a energia que lhes cabe (50% do que a Usina produz). Além disso, os paraguaios recebem royalties (que aqui é rachado entre o Estado do Paraná e municípios que estão ao lado do reservatório, mas lá vai direto pro bolso do bispo-tarado Lugo). Os jornais paraguaios de domingo informam que havia 31 pontos de interesse do Paraguai, entre eles “preço justo, livre disponibilidade da energia, revisão da dívida) que não foram atendidos. Ou seja, vem mais por aí. Lula abriu a porteira. Como ocorreu com a Bolivia, Equador e o protecionismo argentino com as exportações brasileiras, Lula seguirá na sua política de “bolsas”. Com nosso dinheiro, enquanto ostentamos um sistema de saúde inigualável, uma educação de primeiro mundo, estradas maravilhosas e uma teta das estatais à disposição dos companheiros do melhor amigo do Sarney.