Seguindo o preceito de hierarquia no presidencialismo, foi decisão pessoal de Lula oferecer aos paraguaios a possibilidade de vender no mercado brasileiro a energia que lhes cabe da hidrelétrica de Itaipu e não é utilizada. Decidiu e vazou para a imprensa, para não haver retorno. Edison Lobão, ministro das Minas e Energia chiou. Jorge Samek, diretor-geral da Itaipu, ficou na dele, porque não é bobo e sabe quem mantém a boca fechada não surfa no vertedouro. Os vizinhos deverão bater o pé porque querem negociar a energia com outros países da América do Sul. A conferir.
Será que todos esses sabichões que falam sobre Itaipu, sabem interpretar os dispositivos do Tratado? Simplesmente querer que o Paraguai venda diretamente no mercado sua parte de energia ao Brasil, fere o Tratado. Ferindo o Tratado, estará havendo uma inconstitucionalidade por parte do Executivo, a não ser que o Senado Federal, que foi quem aprovou referido documento, modifique-o. Tenho a impressão que esses sabichões, brasileiros e paraguaios, não sabem o que é energia excedente, ou pensam que ela é a metade da produção da usina. Os Senhores Senadores, aqueles que ainda honram seus mandatos e que não são subservientes ao Presidente, que fiquem de olho, pois nos encontramos na eminência de praticar mais uma benesse com o dinheiro público, que é de todos nós, consumidores brasileiros.
Lindo, lindo. Agora só falta encontrar uma empresa mexicana para intermediar a venda, ou então seria uma venezuelana, que contrataria o doutor José Dirceu para prestar advocacy para a turma.