por Zeca Corrêa Leite
Restou esse cansaço da espera
palavras mortas na boca
um quê de mistério,
silêncio destilado nas sombras.
A ausência inaugurou-me calendários
abriu caminho nos dias sucedidos
nas manhãs de primavera.
Devagarinho
o tempo lavou meu peito
nas horas que não pressenti.
De tudo ficou isso,
canto escuro,
depósito da dor adormecida.
Lindo! Simplesmente. Mas o que o Zeca escreve dá nisso: uma obra-prima que une palavras soltas. Por onde o Zeca anda?