E o São Paulo demitiu o Muricy Ramalho. Mal comparando, seria a mesma coisa que dizer que o saudoso Telê Santana, de quem o ex-técnico do tricolor paulista é discípulo, era um porcaria porque não ganhou as duas Copas do Mundo que disputou. Muricy ficou três anos e meio à frente do São Paulo. Foi tricampeão brasileiro. Comandou o time em 360 partidas nas duas vezes que vestiu a camisa de treinador. Ganhou 194, empatou 100 e perdeu 66. Como jogador do mesmo time, a quem ama, porque nasceu ali, dava prazer vê-lo atuar no meio campo. Sabe que a bola é redonda e a tratava como poucos. Deveria ser o técnico da seleção brasileira. Perdeu uma semifinal da Libertadores. A torcida chiou. Os cartolas acharam que era hora de mudar. Vão se arrepender.
O arrependimento vai ser ainda maior quando esses dirigentes que se consideram espertos ouvirem a primeira preleção (ou palestra, como chamam hoje em dia) do “grande” Ricardo Gomes.
Quando o nobre treinador por aqui passou em 2001, no comando do CORITIBA, não deixou saudade. Alguns jogadores da época diziam na época que as preleções do RG eram sem sentido. Ninguém entendia nada de nada. Até o Ivo Wortmann voltar do Cruzeiro e assumir o time de novo.
Vamos fazer um bolão? Eu digo que o RG dura até o fim do ano no São Paulo.