5:24O pragmatismo de Geninho

Do filósofo da Baixada:

 
Um veterano cronista esportivo diria que o Atlético Paranaense vive de lampejos neste campeonato estadual. Lampejos raçudos de Rafael Moura, de Wesley e de cabeçadas de zagueiros em cruzamentos de Netinho. Lampejos são lampejos, futebol bonito pode não ganhar jogo, mas o time pratica o futebol pragmático onde “o que importa é vencer”, segundo o técnico Geninho. E a torcida que fique com a pulga atrás da orelha e a camisa rubro-negra suada nas cadeiras diante do constante sufocos dos adversários e do nervosismo. No segundo tempo do jogo contra o Paraná Clube, o Atlético não viu a bola, foi pressionado e se o Lenilson não perde aquele gol feito ia ser um Deus nos acuda. A defesa é razoável, mas o meio não arma nem desarma, sente falta do colombiano Valencia e apenas bate bonito nos adversários antes que cheguem na área. O ataque sem munição, vive dos tais lampejos. Raul, o menino já adorado pela torcida tem o jeito do Nilo, aquele que jogou pelo Coritiba na década de 70 e chegou na seleção, e mesmo do Roberto Carlos, o que arrumou a meia no jogo contra a França, mas aparentemente sem a força nos disparos. No futebol de hoje está muito difícil ver habilidade, toques, dribles, talento. É mais uma sessão porrada de 11 não queren do deixar os outros 11 jogarem. Dá saudades dos tempos de Milton Dias, Zé Roberto e Nilson  (1968) ou das duplas Washington e Assis e  Paulo Rink e Oséas. Pronto, passou a saudade. Para Geninho, o negócio não é só jogar bem. É ganhar.  Então que assim seja contra os coxas e Raul esteja  abençoado domingo que vem fazendo misérias pela direita. O importante é ganhar deles, carimbar os 100 anos, sem dó, nem piedade. Aliás, nós estamos meia-boca, mas o timinho dos coxas é desdentado.

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3 ideias sobre “O pragmatismo de Geninho

  1. zebeto

    Corrigido. Obrigado a todos os que fizeram o alerta. Ao que criticou, apenas digo que não sou o filósofo da Baixada e ele não é comentarista político. Aliás, nasceu ali do ladinho do Joaquim Américo, que frequenta há séculos. Mais: o Eneas que saiu foi um ato falho – e o escriba não lembrou do político, mas sim do grande atacante da Portuguesa de Desportos. Abraço. Saúde.

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