11:41Urubu tá com raiva do boi

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Nas vozes de … Baiano & os Novos Caetanos

 “Ah … Legal…  Me amarro nesse som, tá sabendo? O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição… Os juros, o fim… Nada de novo. A gente de novo só tem os sete pecados industriais. Diga Paulinho, diga… Eu vou contigo Paulinho, diga..”

Urubu tá com raiva do boi
E eu já sei que ele tem razão
É que o urubu tá querendo comer
Mais o boi não quer morrer
Não tem alimentação

O mosquito é engolido pelo sapo
O sapo a cobra lhe devora

Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora

“Ah.. O norte, a morte, a falta de sorte… Eu tô vivo, tá sabendo? Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo…
Eu vivo, Paulinho. Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Ahn, tudo bem?’ E ele diz pá gente: “Ah, tudo bem!’ Não é um barato, Paulinho? É um barato… Ah!”

Gavião quer engolir a socó
Socó pega o peixe e dá o fora

Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora
Mas o urubu não pode devorar o boi
Todo dia chora, todo dia chora

“Ah, nada a dizer… nada… ou quase nada… O que tem é a fazer: tudo… ou quase tudo… O homem, a obra divina…
Na rua, a obra do homem… Cheiro de gás, o asfalto fervendo, o suor batendo.. o suor batendo… o suor batendo… Ah” 

de Venâncio e Geraldo Nunes (falas de Chico Anísio e Arnaud Rodrigues)

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