17:38Jornalista demitido por cumprir seu dever

Textos enviados como comentário em nota deste blog e publicados hoje no site Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br):

por Marcio Varella

O jornalista deve se esmerar para mostrar uma notícia, saber onde está o nó górdio, o âmago da informação, descobrir os meandros do dilema, juntar os cacos, traduzir e didatizar o texto que vai ao ar ou à prensa. Para isso, é preciso experiência, muita experiência, muitas noites mal dormidas e plantões sofridos. É preciso conhecer profundamente um pouco de tudo, saber escolher as palavras, resumir o pensamento, como Rubem Braga fazia, filmar o fato com a mente e mostrá-lo palatável e apetitoso. Quando for preciso, fazer analogias com as coisas do cotidiano para que os leitores, ouvintes e telespectadores tenham a idéia perfeita do acontecido e, aí sim, possam formatar suas opiniões. Este é o trabalho da imprensa: dar os ingredientes certos para que o público faça o seu tempero de acordo com o seu paladar. São pouquíssimos os jornalistas que atingiram este patamar, esta capacidade profissional. Mas para conseguir, têm que ter bom caráter, têm que ser do Bem. No Paraná, conto nos dedos os jornalistas capazes dessa façanha: Sérgio Brandão, Luiz Geraldo Mazza, Gladimir Nascimento, Leonardo Henrique dos Santos.
O passado foi o responsável
No início deste ano, o Gladimir, diretor e apresentador do jornal matinal da rádio BandNews FM, foi demitido porque deu o tom certo, fez a analogia certa da notícia que já se tornou lugar comum naquele estado: os deputados estaduais, na calada da noite da última sessão do ano, sem a presença do telão de votações e da imprensa, reajustaram suas aposentadorias além do execrável. Obrigar a população a pagar aposentadoria de deputado que diz que trabalha por apenas quatro anos já é um absurdo. Mas aumentá-la assim é crime.
No Paraná, não. Lá não existe imprensa e muito menos jornalistas, além dos já citados. Lá, eles fazem de conta que a imprensa é livre e tem autonomia, mesmo porque os patrões são completamente dependentes da elite empresarial local e dos políticos locais, estaduais e federais. Todos, sem exceção, vermes que comem a carne do querido povo paranaense por dentro, deixando só a pele para manter a aparência. Desta elite curitibana, da qual faz parte com orgulho e arrogância a classe média alta, podemos esperar de tudo.
Morei lá por mais de nove anos. Sou dependente de álcool, maconha e cocaína. Estava mal de saúde e minha mulher Celina me levou até o dr. Leocádio José Corrêa, da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), que me convenceu e me iluminou o suficiente para que eu conseguisse fazer um tratamento na clínica Quinta do Sol. Fiz e, graças ao meu poder superior, estou há quase 20 anos em sobriedade. Trabalhei nesta clínica como voluntário e lá aprendi a conhecer melhor o caráter das pessoas.
Logo que saí do internamento, depois de 78 dias, fiz um concurso para a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba. A secretária era a Cyla Schulmann, filha do então presidente da Febraban, Maurício Schulmann. Fui aprovado em terceiro lugar. Certamente, fiz uma boa prova, eram mais de dois mil concorrentes a 10 vagas de jornalista. Mas nunca fui chamado. A tal secretária inventou um erro, republicou a lista dos aprovados e me deixou em nono lugar. Chamaram só os oito primeiros colocados. Escarafunchei dentro da prefeitura e descobri que meu passado havia sido responsável por tudo. Dependente de droga e ex-UNE em Brasília, peito aberto no enfrentamento da ditadura, porradas vigorosas no pessoal da TFP, ativista, defensor dos direitos humanos e das liberdades. Essas coisas não caberiam no currículo de um jornalista da gloriosa Prefeitura de Curitiba.
Consciência mutilada
Se algum dia alguém assistir na TV ou ouvir no rádio ou ler em jornal alguma matéria feita em Curitiba contra os poderes constituídos, pode ter certeza de que esses poderes constituídos estão com o pagamento dos anúncios atrasado.
A imprensa curitibana é uma verdadeira vergonha. Os jornalistas se vendem por migalhas, se ajoelham por quase nada. O que mais preocupa são os recém-formados, pois estão aprendendo a profissão com essa corja, com esses lorpas, nesse valhacouto imundo.
Li neste Observatório a notícia da demissão de Gladimir Nascimento e fiquei abismado. Contei à Celina e minha mulher chorou como criança porque haviam mutilado a consciência crítica de um dos maiores jornalistas paranaenses. Ela ficou com muita raiva e escreveu o artigo abaixo. Ah, antes que me esqueça, deixei Curitiba com minha família, graças a Deus. De novo, lá, nem por escala de avião. Salto fora.
***
Corruptos unidos jamais serão vencidos
“Meu Deus! Como pode uma cidade que se diz de primeiro mundo deixar fora do jornalismo profissionais do Bem? Como podem os distintos e respeitáveis cidadãos curitibanos, que se norteiam pela ordem e disciplina, pela boa conduta, pela moral cristã, pela paz na família, deixar a oligarquia pedir a cabeça do Gladimir Nascimento?
Gladimir é talvez um dos últimos profissionais do jornalismo que fazem a nossa profissão valer a pena. Graças a ele, um monte de jovens movidos a bateria alcalina estava aprendendo que jornalismo era mais do que segurar microfone para aparecer na telinha. Poucos já estavam descobrindo que o que realmente interessa ao jornalista é a verdade dos fatos, mostrá-la doa a quem doer, acima do bem e do mal, mesmo que ladrões de galinhas ameacem com o desemprego. Esse medo do desemprego, outro grande inimigo da profissão, que faz com que muitos pais de família, jornalistas decentes, acabem se sentindo intimidados por ladrões de galinhas e por empresários lambedores de saco que se vendem por qualquer trocado. Corruptos unidos jamais serão vencidos. Por enquanto.
Gladimir Nascimento – e sua coragem de expor, sem dó nem piedade, as feridas ocultas das castas paranaenses – é mesmo uma grande pedra no sapato curitibano. Não existe ninguém da sua geração que seja tão bem informado, antenado, nem que ame tanto sua comunidade, no caso, a irretocável Curitiba. Não acredito que algum jornalista conheça tanto sua cidade, cada biboca, cada rua, beco, cada problema social, cada ninho de corrupção e todos os meandros do poder infectado pela ganância.
Vendidos, safados e omissos
Ninguém sabe tanto do que a população sofre e necessita. E ninguém mais do que o Glad percebe a fundo quais são os males que ameaçam os curitibanos. Sua ampla visão, sua voz corajosa, seu amor pelo ser humano, seu respeito à natureza, o entusiasmo visceral para minimizar a perpetuação da sacanagem que come a sociedade paranaense, são a marca registrada do ex-diretor da Rádio BandNews FM, demitido porque pediram sua cabeça. Mais um ponto para a nata dos poderosos. Eles pretendem devorar a alma e os valores paranaenses para aumentar seus bens escondidos em paraísos fiscais.
Mais uma da imprensa. (Ainda há imprensa no Paraná? Ou só alguns jornalistas que não se vendem nem aceitam fazer parte do imenso balaio de gatos e da panelinha de vendidos e omissos?). Que Deus proteja os poucos profissionais jornalistas que ainda sobrevivem ao desemprego, às ameaças, aos estagiários e paus-mandados dos patrões.
Que Nossa Senhora da Luz ilumine muuuito suas mentes. Que os verdadeiros jornalistas não desistam de informar a verdade. Que não se deixem intimidar, que não tenham que sair da cidade como muitos fizeram (eu, inclusive). Que os vendidos e omissos envelheçam, envileçam longe das redações, mancando, cegos, carecas, sem a língua, impotentes e isolados em manicômios por causa do ataque de culpa.
E que a galera profissional de verdade passarinhe, eternamente. Que nenhum jornalista paranaense precise sair da cidade que ama porque os donos do poder o expulsaram, fato corriqueiro que a imprensa eternamente comprada omite.
Gargalhadas dos banidos
Que os capitães das empresas e os donos da voz da gente sejam apenas comerciantes, nefastos vendedores de anúncios e se afastem do ambiente sagrado das redações.
E que no final de todo esse massacre aos ideais de bons profissionais pela galera do Mal, sobrem empregos para jovens e talentosos jornalistas e também para nós, jurássicos, postos de lado.
Que vençam a coragem, a informação, a verdade, a luta pelos direitos humanos, pela sociedade mais justa.
Que o bom humor refinado e indestrutível do Gladimir possa contagiar a maioria que ainda faz jornalismo de verdade para que, no final dos tempos de arbitrariedades, os banidos de hoje possam dar muitas gargalhadas. [Celina Maryia Alonso # jornalista com 30 anos de profissão, quase 18 vividos em Curitiba]

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20 ideias sobre “Jornalista demitido por cumprir seu dever

  1. Vergonha

    Como paranaense, curitiba, sinto vergonha da forma como os políticos se apropriaram do Estado. A vergonha começa pelo governador, nepotismo e deboche do povo paranaense são suas principais marcas. Os donos da imprensa “moem” os jornalistas, certamente cheios de vontades de expor milhares de maracutaias dos requiões, kuris, anibelis, pugliesi, stefanes, lazaris, entre muitos outros. Imprensa independente por aqui? Jamais. Como bons burgueses, os donos da imprensa tratam os jornalistas com pechas tipo “barbudinho”, “cumunista – com u mesmo”, “unha suja”, “sandália e bolsa tiracolo” entre outros xingamentos. Certamente muitos jornalistas teriam a vontade de investigar quantos policiais militares servem o governador para cuidar da sua segurança, de seus caprichos, de seus cavalos, cavalgadas e muitos outros uso indevido de dinheiro público e desvio de função. Mas qual dono de jonral teria coragem de publicar a notícia? Quantos secretário de estado tem motorista policial? Segurança pública ilegal. Algum jornal ousaria publicar um reportagem profunda? Certamente não. A rádio band news manda embora o Gladimir Nascimento e contrata o genro do dono (João Arruda) para colunista, é o fim do real jornalismo. Espero que o sindicato não tenha se dobrado aos donos dos jornais, rádios e tvs. VERGONHA!

  2. João Guilherme Brotto

    Falaram tudo.
    A elite da nossa cidade é mesmo repugnante e o jornalismo praticado aqui na maioria das vezes não vale nada.
    Como formando em jornalismo sinto-me envergonhado por ver quem deveria dar exemplo, ser superficial, e o que é pior, ver quem dá exemplo – como Gladimir – ser tratado da forma que foi. Isso só fortalece minha ideologia de estudante sonhador – mas que pretendo e vou carregar comigo sempre – que é meu dever mudar essa triste situação.

    Quanto os políticos, esses dispensam palavras.
    Chamá-los de ladrões de galinha é uma ofensa à quem invade galinheiros.

  3. Messias

    “Que Nossa Senhora da Luz ilumine muuuito suas mentes.”
    Que coisa mais “tipo assim sétima série”.

  4. Edmond Dantes

    Estou de acordo com tudo que o “Vergonha” (aí em cima) falou, mas, convenhamos, o Gladmir Nascimento não foi nada profissional ao fazer o tipo de comentário que fez. Até concordo com a expressão “ladrão de galinha”, desde que dita em ambientes restritos, mas durante um programa de rádio não pode ser dita por alguém que pretende ser um profissional sério de imprensa. O mesmo comentário cabe ao Ricardo “Boechato”.

    Com isto não quero justificar a demissão do Gladmir. Ele não deveria ter sido demitido; deveria sim ser admoestado. Claro! Estou me referindo caso ele estivesse trabalhando numa empresa séria. Aliás, qual empresa jornalistica é séria no Brasil?

  5. Alexandre

    Também corre a informação no Centro Cívico que outro importante jornalista estaria perto de perder o seu valioso emprego…é esperar par ver!!!!

  6. João Vieira

    Só fiquei impressionado com a listinha do autor do artigo. Então quer dizer que, além do Gladimir (que considero excelente) os únicos jornalistas competentes no Paraná são o Mazza, Leonardo não sei do quê e Sergio Brandão?? Não me faça rir…hahahahahaha

  7. cansado de mentiras

    Márcio!
    Que belo texto.
    Não só pela forma literária como a maneira direta como foi exposto o assunto.
    Você continua coberto de razão. Gladimir e gladimires estão sendo expurgados das redações em troca de favores financeiros vindos dos orgãos publicos.
    Ah! os orgãos públicos!
    Continuam os mesmos, Marcio!
    O que temos noticia, aqui na terra de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais é que os jornalistas da bela e justa Prefeitura de Curitiba continuam a ser tratados com desrespeito e crueldade.
    Fugurões, figurinhas e os sem figura, na ansia de atravessar o jardim que cerca os dois palácios, correm atras de proveito proprio.
    Mudaram os palhaços, mas a lona do circo ainda é a mesma!

  8. jango

    O compadrio escabroso dos poderes públicos no Estado do Paralá tem remificações nos poderes civis, alguns dependentes de benesses do Estado. Cada vez se torna mais evidenciado o apóstofre do deputado Fruet, em seu pronunciamento no Congresso, sobre a situação politico-administrativa estadual: “nada é apurado, ninguém é punido.” Se não houver reação herdaremos, mais uma vez, os paranaenses, um Estado que não nos pertence, mas que foi apropriados pelos donos poder de ocasião, para atender interesses personalíssimos e corporativos, depois dão uma meia sola no interesse público, notadamente às vésperas de eleições.

  9. *****o

    Quando 54 senhores acham que podem viver como marajás às custas do MEU dinheiro, eu tenho mais do que o direito de chamá-los de ladrões de galinha. Eu tenho o direito de chamá-los de filhos da puta.

    Que bom que alguém teve a coragem de dizer isso em FM. Gladmir Nascimento sabia o que estava fazendo. Não é primeira vez que ele peita a corja e ele sempre esteve consciente dos riscos.

    Acho a denúncia mais válida que a ofensa, mas se a primeira não resultar em nada, é lícito (num caso desses) partir para a segunda, só para ver se a opinião pública acorda. Eu não conseguiria ir tão longe, me falta o que o Gladmir tem de sobra. Devo ser um desses tipos miseráveis descritos em um dos comentários acima: estou preocupado demais com a minha sobrevivência.

    E, Zé, vai por mim, que é quente: comenta-se que é o Paraná Banco que vai administrar o generoso fundo de pensão dos deputados. O Paraná Banco, você sabe, pertece ao sujeito que demitiu Gladmir. Aí você pensa: “humm… agora faz ainda mais sentido”.

  10. SYLVIO SEBASTIANI

    Gladimir, já contei a você, mas vou repetir: Em 1994, com Carteira do Trabalho assinada pela Direção da TV Bandeirantes de Curitiba, com prazo determinado de experiência de 30 dias, fui demitido com 25 dias de serviço de Comentarista Politico.

  11. João Ricardo

    Depois e tanta m**** que o cara falou, posso sugerir que pegue um daqueles caminhões que transporatm suinos na rota Xanxerê-Saigon. Não param em Curitiba, para nossa sorte.

  12. Guilherme Larsen

    Pois é, mais uma vez a nossa imprensa perde! Com o Gladimir, aprendi muito em suas aulas na faculdade…Na rádio, sabia que a pessoa que me passava a informacão era e é séria. Infelizmente foi vencida. Uma vergonha. O Varella tem toda a razão: o Paraná é a terra dos patrões. Salve-se quem puder!

  13. Vania Mara Welte

    Ao ler o texto/desabafo de Márcio Varella me veio à memória um outro.

    Foi escrito há décadas por Fernando Pessoa, não o grande poeta português, mas um jornalista que passou por aqui, foi acolhido por colegas, ocupou espaços no mercado de trabalho e, depois, se foi.

    E lá, de longe, também escreveu sobre os ex-amigos e sobre a cidade. O título era “Curitiba, a fria”. Já, no início do texto, ele explicava o nome Curitiba. Esclarecia que “ritiba quer dizer: do mundo”.

    Tenho absoluta certeza de que o grande profissional e ser humano Mazza e muitos outros jornalistas se lembram desse outro episódio que entristeceu a todos nós.

    Sim, tudo isso é muito triste. Muito, mesmo. As demissões, as ofensas, as agressões… Será que você, Márcio, conhece mesmo todos os jornalistas do Paraná, de Curitiba, para fazer tais afirmações?!

    Eu lamento o sofrimento de qualquer ser humano e de toda a natureza. Lamento, sobretudo, a dor e as injustiças sofridas por colegas.

    Infelizmente, Gladimir não foi o primeiro e nem será o último jornalista injustiçado. Mas ele teve a defesa de toda a categoria, inclusive do Sindicato dos Jornalistas. Mesmo porque esta é uma luta sem trégua. Basta conhecer melhor a trajetória de muitos jornalistas daqui, do país e do mundo. Há milhares de profissionais exemplares. Muitos até morrem no cumprimento de seu ofício. Basta ver as estatísticas, no país e no resto do mundo.

    Em 2008, a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) registrou o assassinato de 85 jornalistas, de 32 países – inclusive do Brasil. Um número um pouco menor do que o de 2007, quando foram mortos 115 profissionais.

    Nos últimos cinco anos, o número de assassinatos aumentou em 244% em todo o mundo.

    E de 1996 até 2006, o Brasil entrou para o ranking dos países com o maior número de jornalistas assassinados. Pelos dados do Instituto Internacional News Safety, nesse período, foram assassinados 27 jornalistas no nosso país. Alguns, com enorme sofrimento, como no assassinato de Tim Lopes. E ele não foi o único.

    Ainda, nesse mesmo tempo, de acordo com o levantamento realizado em todos os países, o número de mortes é alarmante: 456 morreram baleados, 101 vítimas de explosões, 681 trabalhando no campo e 117 nos arredores do local de trabalho.

    E dos 731 jornalistas que morreram em “tempos de paz”, 97 apuravam casos de corrupção e 46 preparavam matérias relacionadas à politíca. O relatório ainda mostra que nove profissionais, de cada dez, foram mortos no mesmo país onde trabalhavam.

    O texto acrescenta que, em todos esses lugares, coexistem a corrupção, a ausência da lei e uma cultura de impunidade para aqueles que cometem atos de violências contra jornalistas. E as violências são diversas.

    Será que, com todos esses dados, não está na hora de sermos mais unidos, solidários e responsáveis com nossos atos e palavras?!

    Márcio, eu lamento a sua dor, a de sua mulher Celina, a de Gladimir e de tantos outros colegas, muitos anônimos e indefesos. Sou solidária. Mas discordo de sua agressão verbal a todos nós. Mesmo porque, você não conhece todos os seus colegas de profissão.

    Abraços fraternos, com esperança de dias melhores para todos nós;

    Vania Mara Welte
    Jornalista profissional há 40 anos

    PS.: Zé Beto, parabéns por publicar o texto de Márcio Varella.

  14. -Noviski-

    Trabalhei com o Márcio e a Celina no Jornal do Estado, ambos sempre éticos e profissionais de primeira. Após ler este texto passo a admirá-los ainda mais. Parabéns!
    Fazer jornalismo no Paraná é uma grande m****. Não poder dizer a verdade quando ela bate de frente com os interesses financeiros dos donos dos veículos de imprensa ou com os marajás no poder. Quando o fazem, são punidos como o Gladimir e outros que conheci. Um dos motivos pelos quais caí fora do ramo, decepcionado. Estou muito bem na área de design gráfico, muito obrigado!

  15. Bellegard

    O Gladimir é uma unanimidade e a revolta das pessoas contra a forma como foi dispensado é geral. Ponto. O que eu questiono é o comportamento do casal com relação à cidade. Zé Beto, você é jornalista, como eles, e também escolheu Curitiba como sua cidade, para sorte nossa. Pergunto: você ficaria num lugar onde não tem seu valor reconhecido, onde te tratam mal, onde não vê possibilidade de crescer profissional e intelectualmente? Então, pombas, o que essa gente ficou fazendo aqui tanto tempo?

  16. John

    É, João Ricardo… Talvez você prefira que os deputados e outros poderosos continuem mandando e desmandando na sua vida… Quem sabe no dia em que eles ordenarem que você só poderá comer m****, talvez você finalmente acorde.

  17. Roberto Alvarenga

    Sábias palavras Bellegard. Ler palavras e opiniões tão chulas sobre uma cidade que lhe acolheu e curou é muito triste, principalmente vindo de um jornalista que se diz tão grandioso ao ponto de atribuir sua cura ao SEU PODER SUPERIOR!!!!

  18. dumbo

    é verdade, ele tem um PODER SUPERIOR. É dos super-amigos. Ei, Zé Beto, viu que ela praguejou para os jornalistas daqui ficarem carecas? Você tem alguma coisa a dizer sobre isso?

  19. humberto gomes

    creio, em minha humilde opinião, que a lista de corajosos está fechada, completa e correta! Nós, recém formados em jornalismo, ganhamos o direito de denunciar no CMI tudo aquilo que escutamos pelas ruas curitibanas. Fora dele, não se encontra espaço. Por maior que seja nossa rebeldia, é preciso muita valentia para encarar a cozinha de um restaurante. Com o diploma guardado, amassado e sujo no bolso de minhas calças. Os desesperados também gritam! Só que estão mudos. Sem ter como reclamar, gritar e agitar!

  20. Tina Demarche

    Me sinto solidária a Gladimir, a quem admiro muito pelo caminho percorrido até aqui. Me sinto ainda solidária a Márcio e Celina, que sentem a dor de outro como sua (é certo, já a viveram também). Não dá para não sentir. Isso, amanhã, pode ocorrer com qualquer um de nós, jornalistas ou não. O fato é que as verdades são muitas e cada lado tem a sua.
    E daí, como espírita que sou, lembrei de um trechinho de uma mensagem do espírito Leocádio Correia (citado pelo Márcio, inclusive), que diz:
    “Perdoe o companheiro de trânsito reencarnatório terreno, não se decepcione com a ingratidão, lembre-se de que o processo evolucionário se encarregará de corrigi-lo”.

    Concordo que somos jornalistas reféns de patrões muitas vezes comprometidos e corrompidos, mas o que importa – em qualquer profissão, aliás – é fazer o próprio trabalho com seriedade e com base nos valores que temos, a despeito das conseqüências. Um dia, e tomara que não leve uma encarnação inteira, as coisas terão que ser melhores.
    Eu me considero uma jornalista séria e de bom caráter.

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