O Ministério do Desenvolvimento Agrário informa:

Os agricultores paranaenses tomaram R$ 730 milhões do Pronaf no segundo semestre de 2008. A cifra representa um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram financiados R$ 563 milhões. Os valores correspondem apenas aos financiamentos concedidos pelo Banco do Brasil. “Os números são representativos principalmente porque a instituição é responsável por mais de 90% de todos os financiamentos agrícolas”, diz o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Paraná, Reni Antonio Denardi.

De acordo com Denardi, o aumento verificado no crédito de custeio foi de 21%. Foram R$ 594 milhões no segundo semestre de 2008, contra R$ 492 milhões no mesmo período do ano anterior. No crédito de investimento, com o Pronaf Mais Alimentos, o aumento foi bem maior, de 92%. Foram emprestados R$ 136 milhões no segundo semestre do ano passado contra R$ 71 milhões, de 2007.

“No segundo semestre de 2008, o Paraná foi o segundo estado do país que mais aplicou recursos do Pronaf, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul”, informa Denardi. Em todo o país foram aplicados na safra 2008/2009 R$ 4,5 bilhões do Pronaf. Esses recursos estão concentrados nas regiões Sul e em Minas Gerais, onde a época do plantio da safra ocorre antes que no Nordeste, onde estão 50% dos agricultores familiares brasileiros.

Para Denardi, o quadro de investimentos apurado pelo MDA no Paraná evidencia a determinação do governo federal para que não falte crédito à agricultura familiar. “Os resultados positivos do Pronaf no estado são resultantes da sintonia entre os agentes financeiros, em especial o Banco do Brasil, o governo do Estado por meio da Secretaria da Agricultura e Emater e organizações de agricultores familiares”, reiterou.

Alerta – Em alguns municípios paranaenses, a adesão dos agricultores à renegociação das dívidas ao amparo da Lei nº 11.775/08 (antiga Medida Provisória nº 432) foi baixa. Como consequência, o aumento da inadimplência poderá fazer com que os agentes financeiros suspendam a liberação de crédito. “Foi acesa a luz amarela, de alerta, e já começa a piscar a luz vermelha”, comentou Denardi. A situação crítica desses municípios deverá ser tratada nos próximos dias pelos governos estadual e federal com os agentes financeiros. O objetivo é evitar o agravamento da situação. “Uma das preocupações é de não faltar crédito para o plantio do milho safrinha e outra prioridade é o Pronaf Mais Alimentos”, completou.