8:39A Favorita em três cenas

Do ombudsman:

No último capítulo de “A Favorita”, três detalhes. Um, valeu pela novela inteira: o close nos olhos de esmeralda de Flora, a personagem que fez Patricia Pillar deixar todo o elenco da Globo como coadjuvantes de teatro de revista. Naquele verde uma nação inteira mergulhou e achou que existe beleza e salvação no aqui, no mundo e no Universo. Outros dois foram patéticos: a bala em super-câmera-lenta, que o filme Matrix popularizou e que Sam Peckimpah não utilizou, mas fez muito melhor, e bem antes, ao transformar em balé as cenas onde corpos são dilacerados por tiros de todos os calibres em “Meu Ódio Será Sua Herança”. A da novela, de tão tosca, só não foi pior que o final entre as duas menininhas (Flora e Donatela) cantando “Que beijinho doce” durante uma eternidade e a câmera retrocedendo em ritmo de Hitchcock ou Brian de Palma, parecia coisa de filme amador dos velhos tempos festivais em super-8.

Compartilhe

3 ideias sobre “A Favorita em três cenas

  1. Pé Vermelho

    Pode conferir: a altura da trajetória da bala era para atingir a cabeça do nosso Giba do Voley, não as costelas do Zé Bob.

  2. Pé Vermelho

    Tonhão Pé de Mesa, aqui de Barra do Jacaré, quando dava 9 da noite, tomava a última lapada, mandava Pedrim por no caderno e avisava: ‘Tá quase na hora da Favorita’. Uma noite o pessoal o seguiu…até o portão dos fundos da casa de conhecida capa de revista daquí.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.