Do jeito que veio, porque vale ler:
O mega-empresário mexicano Ricardo Salinas, não brinca em serviço: muito antes da crise no mercado financeiro norte-americano, ele retirou do pregão da Bolsa de Valores de Nova York as ações do seu Grupo Elektra e do Banco Azteca, e disse que “Wall Street é patética” e, desde então, passou a investir no crescimento de suas empresas na América Central, Perú e, principalmente, no Brasil.
Dias atrás ele reuniu um grupo de mais de 30 empresários mexicanos com investimentos no Brasil e de colegas brasileiros que investem no México e foi visitar o novo embaixador brasileiro em seu país, Sérgio Augusto de Abreu. Fiel ao seu estilo, anunciou que mudou seus planos para nosso país. Ao invés de 1.500 pontos do Banco Azteca e dos magazine Elektra, agora serão 2.000 em menos de cinco anos. As atividades do grupo empresarial de Salinas no Brasil foram inauguradas com a presença do Presidente Lula em março do ano passado, em Recife e Olinda. Já são trinta pontos em Pernambuco e Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará serão alcançados até o final de 2009, num total de mais de 150 unidades.
“O presidente Lula pensa grande, tem visão social e não perde tempo. Sabe que o mercado financeiro é para os ricos e o nosso negócio é sólido, pois tratamos com a base da pirâmide social, com os pobres, com gente decente, que paga suas contas, que quer subir e dar conforto às suas famílias. Em poucos anos construímos o maior e mais sólido banco do México por isso, por acreditar nas pessoas simples e trabalhadoras”, salientou Salinas, um declarado crítico do mercado financeiro e dos sistemas bancários.
Ao lado de mais de três dezenas de empresários brasileiros e mexicanos, Salinas saudou o novo embaixador do Brasil no México, Sérgio Augusto de Abreu, e conclamou a todos a acreditarem no Brasil e no México: “Quem apostar em nossos países e na capacidade criativa e de trabalho de nossos povos vai ganhar muito mais do que os que especulam e não geram riqueza, empregos e impostos”, provocou Salinas, apoiado pelos participantes da reunião.