Eu não vivi o mar quando criança
ausente do meu mundo mais real
e por isso sofri a enorme ânsia
de uma onda isolada no planalto.
Depois, tu me trouxeste o oceano,
conchas, areias e silentes algas.
E naufraguei também a cada instante
em tuas palavras de espumas e de sal.
E obediente aos fados e aos signos
do mar que te inundara desde a infância
o amor precipitou-se na vasante.
Mas, não voltei àquela angústia antiga.
Ficou do teu influxo marítimo
tudo o que sou de verde e de distância.
de Glauco Flores de Sá Britto, poeta curitibano (enviado por Nelson Padrella)
Lindíssimo!!!!
Obrigada, Zé Beto.
Obrigada Glauco!