A Justiça Estadual negou um pedido de liminar do Ministério Público para que o prefeito de Curitiba, Beto Richa, demitisse os parentes que trabalham na Prefeitura em cargos comissionados. Na Prefeitura trabalham Fernanda Richa, mulher de Beto, que dirige a Fundação de Ação Social, e José Richa Filho, irmão do prefeito, que é secretário de Administração. O juiz Marcel Guimarães de Macedo, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, entende que, por não haver lei específica proibindo o nepotismo, não há motivo para as demissões. Quem deve comemorar também a decisão é o governador Roberto Requião e vários secretários, que também estão na mira do Ministério Público pelo mesmo motivo. Resumindo a história: parente não é serpente e pode faturar o capilé público.
Enquanto não é promulgada nenhuma lei contra o nepotismo, somos obrigados a ter notícias assim…
Aliás, como anda o projeto de lei em trâmite na Assembléia??
é sempre bom lembrar que Fernanda Richa, como toda primeira-dama, não está “empregada” na prefeitura. Ela cumpre o que se espera da tal primeira-dama, que é assumir a assistência social do município.
Ah! Esse Ministério Público. O Jornal Nacional de ontem foi divertidíssimo. Aparece um Promotor com cara de assustado, dando uma de policial, dizendo que as obras do MASP já estavam no Leste Europeu (bem colocada a foto do Inspetor Clouseau logo abaixo). Cinco minutos depois a apresentadora do Jornal informa, quase que em edição extra, que a Polícia acaba de recuperar as obras do MASP. Demonstrando tamanha “competência”, não é de se admirar pelo resultado da ação do Ministério Público mencionada neste tópico.
Não há lei ? E os principíos que devem reger a administração pública, entre os quais o das moralidade e da impessoabilidade, insculpidos na Constituição Estadual, são palavras inúteis ? Reza o art. 27, com todas as letras:
Art. 27. A Administração pública direta, indireta e fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, eficiência, motivação, economicidade …
O texto diz “obedecerá os princípios”. Se por um lado não há lei contra o nepotismo, por outro lado não se obedece os princípios constitucionais que obrigam a administração pública ?
Essa história de parentes vai longe…penso que os governates devem ter ao seu lado pessoas que confiem…de qualquer forma Zè, soube da última na Tv oficial…a turma do Pc do B foi banida de lá, o arranca rabo entre os paranistas no final de ano, pois fogo na relação…o caso é tão sério que compromete a aliança com o partido e com o Gomyde, um dos integrantes da tropa do bob requi, pra levar o pleito pro segundo turno. Os dois integrantes que trabalhavam na casa são candidatos a camara e a dupla era dada como certa pra emplacar cadeiras. agora é esperar pra saber se o PC do b rompe com o DUce.
The animal take on the tv white cheipe. (cheipe é chapa)
As bravatas da Justiça brasileira valem mesmo é para pequenas cidades do interior. Lá, os da “toga” gostam de mostrar serviço.
Carlos: o projeto anti-nepotismo deve estar parado nas mãos do caveleiro solitário Tadeu Veneri, o único deputado do Estado que põe a cara prá bater contra essa vergonha. Os outros deputados se fazem de mortos porque devem ter interesses tão escusos quanto esse – o de manter parentes no poder.
Mariazinha: essa história de primeira-dama cuidando do “social” está demodê. Itamar Franco foi presidente e era divorciado. Rosane Collor nos deu um belo exemplo de safadeza, desviando dinheiro da LBA (que cuidava de crianças pobres) para promover festa para suas amigas. O cargo público, seja de que natureza for, deve ser ocupado pela competência. Além do mais, a primeira-dama deve receber um gordo salário como titular da FAS, não?
No segundo parágrafo, corrija-se a palavra “caveleiro” para “cavaleiro”.
Vem cá: E os juízes e promotores de diversas comarcas do Interior que mandaram ver em cima de alguns prefeitos? Em Barra do Jacaré parente também não pode? Só vale no dos pequenos. Como sempre?