Circula pela rede internética:
Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:
‘Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer’.
Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:
‘Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
sentes somente falta de sexo!’
Ganhou nota dez. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era falta de mulher.
Depois uma pilantra dessas, com essa cabeça porcona pra analisar o Mestre Camões, e que tem idade pra votar e pra dirigir -e todo o mais- é menor aos olhos da justiça.
Nasce uma nova escritora. Como sempre, na Bahia.
O Luiz não precisava de mulher. O caso dele era c’as mões, ô piadinha infeliz, nem precisam dizer.
Muito bom!
Em 15 linhas matou 15 anos de análise.
Ô zé beto, troca essa baianhinha por essa estela pentelha, vai…
Não sei do que gostei mais, a vestibulanda ou o trocadalho do padrella?
Ô Nersão, não se desmereça. Prá bom entendedor o apóstrofe é letra. Essa piada não é prá faísca atrasada.
Padrella
Sempre tu, impagável. The cherry on top of anything.