Poema de Natal de Zeca Corrêa Leite
Ter a calma do abandono dos sonos,
cuidar do peito como quem planta trigo,
amenizar tremores e febres
como quem dá descanso ao filho.
Acolher sonhos, serenos e ventos,
tatear promessas como se fossem rezas,
cuidar que as palavras sejam boas iguais a frutos
como quem cuida de árvores nos quintais.
Acender fogo sabendo das refeições,
bendizer o dia como quem abençoa a vida,
agradecer por tudo em todos os instantes
como quem aflito recebe afago e ternura.
Caminhar sem ruídos pelos caminhos,
atentar às paisagens como quem espia a lua,
saber do sabor e dos perfumes os mais humildes
como quem edifica poemas e edifícios.
Amar na possibilidade de todo amor,
entregar-se a si como num esquecimento,
doar-se com a profundidade dos gestos
como quem sozinho celebra seu momento.
Cuidar para que o coração seja ameno,
resguardar a bondade como preciosidade e luz,
ter nas mãos fragilidades humanas e divinas
como quem ao fim de tudo se apresentasse a Jesus.
Lindo. Profundo. Será que ele permite usar a msg de Natal no cartão que quero mandar imprimir. (citando o autor, logicamente).
Pois eu acho o Zeca um poeta muito pulcro. E as poesias dele tambném são pulcras. Tenho dito, oras.
Zeca, suas palavras são toques de ternura. E transmitem a certeza de que “O mundo é bão, Sebastião”!
Pulque tantos pulcros hoje, mestre Padrella?
Palavra pulcra, a mesma, mas não abanalize. Com todo redpeito.
Olhaí, Serge, o que o Zeca Corrêa respondeu:
Querido Zé Beto, que doce você, colocando-me na sua coluna tão lida, tão linda. O leitor Serge pergunta se pode utilizar o texto de Natal. Pode sim! É uma honra para mim ele imprimir e enviar. Como não tenho o endereço dele, valho-me de você, querido Z.B.
Em Deus.
Z.
Não bastasse o delicioso poema, ainda uma canja do”anjo’, como diz o blogueiro, chamado Zeca Leite.
beijos e luz infinita à voce, grande poeta.
Merci beaucoup. Viva le poet!