17:32English go home!

Do posto avançado na Ilha das Peças, Florindo da Neusinha envia a seguinte mensagem:

Deu na FolhaOnline: A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou na manhã desta quinta-feira (13) projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que proíbe o uso de estrangeirismos no país. Pelo projeto, toda palavra ou expressão escrita em língua estrangeira e destinada ao conhecimento público no Brasil virá acompanhada, em letra de igual destaque, do termo ou da expressão correspondente em português. Isso inclui os meios de comunicação de massa, as mensagens publicitárias e as informações comerciais. No caso de documentos da administração pública, o uso do português é obrigatório. A punição para os infratores ainda será definida em lei.O projeto já foi aprovado pelo Senado, e agora falta apenas a votação pelo plenário da Câmara.
 
Bueno, my friends, vamos nos acostubrando.  Serviço de entrega e não “delivery”, descontos e não “sale”, treineiro e não “coach”, jogador e não “player”, centro comercial e não “shopping”, etc. Esperemos pelas discussões e confusões. Como será o “translation” de “fashion? Gostosa? E nosso ministro aloprated Mangabeira Unger como fica?

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Uma ideia sobre “English go home!

  1. Frik Van Trutta

    mais um pequeno exemplo de lei idiota que os Parlamentares-Mais-Bem-Pagos-Do-Planeta engendram em Brasília: Experimentem pedir um “rato” numa loja de informática – e “lan house” como seria?? ‘Casa de Lan’ é ridículo – a propósito – como traduzir LAN?! Uma vez eu usei “sítio” (como o Juca Kfouri) em vez de “site”: “Eu estava em outro sítio”, e o cara do outro lado imaginou que eu morasse em um condomínio de chácaras…

    (consultores espanhóis ou latino-americanos ajudariam – eles têm termos próprios para substituir quase tudo que é neologismo anglofônico…)

  2. Pé Vermelho

    A gente vê cada salão de beleza (beleza?) chamado Splendored Hair…cada engasga gato chamado Fast Food…E nome de gente…, Peterson por exemplo. O cara não sabe que son é filho e nem onde mora Peter, que deveria ser o seu pai. Tenho um vizinho que se chama Johnson e o nome do pai dele é Raimundo…ops…quase que escrevo Jeremias.

  3. nelson padrella

    A propósito, caberia aqui um poeminha português que aprendi alhures:

    Perereca, a queridinha
    minha noivinha distinta
    mandou-me numa cartinha:
    venha ver-me aqui na quinta.

    Tomei quinta por quintal
    e fui à quinta na sexta
    provei com isso, afinal,
    que sou mesmo um grande besta.

    Hoje, com as costas doídas
    não é lícito que eu minta.
    Só me queixo das pauladas
    que tomei sexta na quinta.

  4. Petronio

    UÉ, EM PORTUGAL ELES FALAM “RATO” E “SITIO”. Eu insisto em chamar de sitio. Porque não?

  5. JJ

    Quem determina a linguagem é o uso e a compreensão das palavras usada na comunicação – seja ela pessoal, profissional ou publicitária.
    Excesso de palavras em outro idioma prejudica a eficiência da comunicação. É uma lei natural das coisas, que não precisa de legislação oficial, idiota e ineficaz.
    E isso vale em qualquer país do Mundo.
    Não adianta: o uso e os costumes se alteram de acordo com o uso das palavras que são incorporadas ou esquecidas no nosso falar e escrever.
    Não há Lei que obrigue as pessoas a deixarem de usar palavras como shopping center, site, marketing, propaganda, fast-food, abajour, lasanha, pizza, olé e segue o baile.
    Deveríamos mesmo é deletar (ops) estes parlamentares imbecis que temos, que perdem tempo com o que não é necessário. Qualquer dia desses, revogam a Lei da Gravidade.

    JJ

  6. Frik Van Trutta

    a anglofobia dos castelhanos vem de longe – começou com “La Armada”, passou por Gibraltar, Caribe, Falklands (ops Malvinas) etc. Portugal (e o Brasil) têm, comparativamente, uma relação mais tranquila com the UK and the USA – mas os portugueses têm insights históricos e culturais um tanto mais – linguisticamente – conservadores do que nós brasilÁiros

  7. stella

    Quero ver eles começarem a aplicar a lei pra cima do economês e do tecnologês, tratando de traduzir por exemplo:

    Royalties, third parties, leasing, factoring, offshore, spot market, hedge funds, subprime, voucher, stockholders, telemarketing, merchandise, call center, softwear, upgrade, download, bits, bytes… coisinhas do gênero.

    Vai sair a mesma porcaria que fizeram, aliás, no telemarketing, traduzindo o futuro “we will be doing” pelo asqueroso do gerundismo.

    Como diria o Chico Buarque: vai dar merda. “It’s going to give shit” hee hee hee.

    Eitcha Aldão Rebelo, comuna outdated. Devia mais é mandar a patroa parar de gastar o dinheiro do contribuinte nas sales e offs das fashionistas da Daslu, em vez de ficar aí de coisa.

  8. Maringas

    Ok.
    Alguém apresente uma emenda à essa lei; nomeando o Deputado Aldo Rebelo como o único tradutor (em letras de igual destaque) para todo e qualquer estrangeirismo enquadrado na lei.
    Dessa maneira, o nobre deputado se manterá ocupado full time, sem tempo ocioso para desenvolver cases de marqueting pessoal como esse projeto de lei.

  9. stella

    Como dizia a Betty, uma amiga minha, pra cortar um papo:

    – I do not like tomatoes but my uncle does.

    É que na lição de Inglês que ela odiava tinha essa frase que a professora fazia repetir mil vezes pra aprender o do/does.

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