Do mestre Carlos Mosquera, doutor em fisiologia do esporte, professor de educação física e especialista no ensino para deficientes:

Leio sobre a passeata de hoje dos deficientes com a presença do senador petista Flávio Arns. Querem acabar com as “barreiras arquitetônicas”. Perfeito. Eu também quero. Antes disso, contudo, precisamos acabar com o preconceito. Isto começa na escola. Não adianta colocar um piso especial na rua XV para cego andar. Os deficientes precisam estar nas escolas para que todas as crianças saibam o que é um cego, surdo e outros. Acho que alguém tira proveito deste pessoal, o tal do capital e poder. Estas pessoas serão eternamente segregadas, não conseguirão competir com os “normais”. Nem eles
sabem desta urgência em lutar pela escola inclusiva. Precisamos mostrar que a população deficiente no Brasil é de 14,5% (segundo IBGE). Onde eles estão? Renegados, ferrados, imersos na amargura de um submundo. Se para nós é difícil
viver, imaginem pra eles. Então – INCLUSÃO.
P.S: E a lei federal que obriga as empresas com mais de 100 funcionários ter no seu quadro pessoas deficientes. As empresas alegam que estas pessoas não estão capacitadas para este mercado. Por quê?