O senador Osmar Dias (PDT) e o prefeito Beto Richa (PSDB) se encontraram sábado passado para falar de eleições. Dias deixou claro que não tem restrição ao nome de Luciano Ducci (PSB)para compor a chapa como vice de Richa, o problema, esclareceu, é o como será o comportamento dele depois da eleição. Não precisou lembrar que Ducci apoiou abertamente Requião durante o primeiro turno da eleição para governador e, só depois que Richa assumiu a campanha do pedetista, se manteve neutro. Para colaboradores próximos, Dias informa que o idela seria manter a aliança com Beto Richa, mas não descartou a hipótese do lançamento de uma candidatura própria do partido e também de uma aliança com o PT de Gleisi Hoffman, que mandou sinais de fumaça mais que tentadores para o senador. Na realidade a chave de toda essa questão é a disputa para o governo do Estado em 2010. Osmar Dias não abre mão da sua candidatura e tem o discurso pronto para justificar isso: não pode jogar pelo ralo o balaio enorme de votos que teve em 2006 na disputa com o governador Roberto Requião. Se Beto Richa for reeleito no primeiro turno, automaticamente é cacifado para ser o candidato do PSDB. Se ganhar no segundo, vai se cacifar. Osmar Dias sabe que em 2010 terá, provavelmente, sua última e grande chance de chegar ao Palácio Iguaçu. O mistério é saber qual caminho vai tomar.