Fernando Klein Nunes, presidente do Setcpar (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Paraná) afirma que os preços baixos que a OHL apresentou para ganhar a concessão dos pedágios federais nas estradas do Paraná podem não durar muito. Os transportadores em geral acham muito estranho que a empresa espanhola consiga manter as tarifas com as quais venceu os cinco editais do leilão das rodovias federais. O custo de manutenção é muito alto – e no caso da Régis Bittencourt terá ainda os altíssimos custos de terminar a duplicação (faltam 33 km ainda em pista simples), algo em torno R$ 310 milhões. Klein lembra que os contratos de pedágios, além de prever o reajuste de tarifas, têm aquela famosa cláusula de “equilíbrio econômico-financeiro”, eternamente lembrada pelos concessionários para justificar os preços cobrados. Segundo o Setcpar, o preço considerado exequível por praça de pedágio na Regis Bittencourt seria de R$ 1,45. A OHL ganhou com R$ 1, 028.  “O preço oferecido pela OHL em alguns trechos deste leilão é muito abaixo do previsto e com isso a empresa pode não conseguir garantir os serviços necessários aos usuários das rodovias, tendo que aumentar o valor das tarifas para garantir o equilíbrio econômico–financeiro do contrato, até porque esta possibilidade de reequilibrar o contrato foi prevista nos editais”, alerta o presidente do Setcpar. A conferir.