por Michel Saliba
Espero que um dia percamos o vício de legislar primeiro, para a sociedade se adequar depois. O razoável seria o contrário, a normatização da vida em sociedade surge em função das experiências vividas no seio desta.
Pinço um exemplo pelo qual estou postando: de que vale estabelecer a fidelidade partidária em um país que não tem este costume? É de seu povo! Aqui, as pessoas escolhem cidadãos e não projetos. Se está certo ou errado, pouco importa! É a manifestação cultural de um povo que não se impõe por comandos normativos impositivos.
Particularmente, sou favorável à fidelidade partidária, mas de que adianta, se desde que o instituto vem sendo aplicado não se para de criar partidos políticos no país para acomodar quem quer mudar de sigla. Ou seja, é a sociedade se amoldando às normas e não o contrário, como deveria ser. Só não vamos culpar o povo, a sociedade, os políticos. Não há culpa de ninguém. É cultural e ponto!
Concordo plenamente. Já fiz um comentário semelhante manifestando minha opinião sobre a possibilidade da candidatura independente. Se outros paises que possuem cultura partidária muito mais consolidada que a nossa permitem a candidatura independente, não endento porque no Brasil não é permitida. Se a população quer votar na pessoa e não no partido ela deve ter esse direito. DEMOCRACIA NÃO PODE SER CONDICIONADA. OU SE RESPEITA A VONTADE POPULAR OU NÃO É DEMOCRACIA!
Discordo plenamente. Se o Estado percebe um desvio de conduta por parte da sociedade, deve propor discussões à respeito disso e levar ao legislativo para uma decisão democrática. Isso é democracia.
Claro e integilenge. Parabéns ao doutor Saliba.
Dr. Michel Saliba fala com conhecimento de causa.
Vou mais longe, como cidadão, do lado de cá, vendo o quadro de eleições e candidatos, e digo:
Vota-se, no Brasil, como se aposta na loteria !
Aliás, ganhando em qualquer das inúmeras loterias oficiais, talvez o cidadão tenha melhores condições de se dar bem na vida do que esperar por essa politicagem do jeito que se apresenta.
Com eleições a cada dois anos e possibilidade de reeleição tudo o que teremos é a sucessiva maratona em busca de cargos e mandatos públicos, o resto é perfunctório.
Esqueçam governança pública e correspectiva responsabilização de agentes públicos enquanto tivermos em vigor esse “esquema”.
Sem falar no vergonhoso (não raro ímprobo) compadrio entre poderes …