9:40Memória 

de Mário Montanha Teixeira Filho 

Era um dia de sol do meu passado, 

eu num canto qualquer da memória, menino a contemplar uma casa antiga. Eu via, havia o dia que era de sol, 

presente da natureza, imensidão que se exibia  aos meus olhos assustados. 

Muitos dias assim se passaram e eu não percebi  (perdido dentro de mim, larguei meus sonhos na noite misteriosa, no silêncio obediente, e esperei o cansaço tomar conta de tudo). E ele, o silêncio, se espalhou, me venceu, até que os meus olhos se acomodaram na esperança talvez de que o futuro 

ainda me conceda tempo de ver 

voltar o dia de sol do meu passado.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.