de Mário Montanha Teixeira Filho
Era um dia de sol do meu passado,
eu num canto qualquer da memória, menino a contemplar uma casa antiga. Eu via, havia o dia que era de sol,
presente da natureza, imensidão que se exibia aos meus olhos assustados.
Muitos dias assim se passaram e eu não percebi (perdido dentro de mim, larguei meus sonhos na noite misteriosa, no silêncio obediente, e esperei o cansaço tomar conta de tudo). E ele, o silêncio, se espalhou, me venceu, até que os meus olhos se acomodaram na esperança talvez de que o futuro
ainda me conceda tempo de ver
voltar o dia de sol do meu passado.