Editorial da Folha de S.Paulo
Bolsonaro é incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana
Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da Presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.
Será preciso então que as regras do Estado democrático de Direito lhe sejam impingidas de fora para dentro, como os limites que se dão a uma criança. Porque ele não se contém, terá de ser contido —pelas instituições da República, pelo sistema de freios e contrapesos que, até agora, tem funcionado na jovem democracia brasileira.
O Palácio do Planalto não é uma extensão da casa na Barra da Tijuca que o presidente mantém no Rio de Janeiro. Nem os seus vizinhos na praça dos Três Poderes são os daquele condomínio.
A sua caneta não pode tudo. Ela não impede que seus filhos sejam investigados por deslavada confusão entre o que é público e o que é privado. Não transforma o filho, arauto da ditadura, em embaixador nos Estados Unidos.
Sua caneta não tem o dom de transmitir aos cidadãos os caprichos da sua vontade e de seus desejos primitivos. O império dos sentidos não preside a vida republicana.
Quando a Constituição afirma que a legalidade, a impessoalidade e a moralidade governam a administração pública, não se trata de palavras lançadas ao vento numa “live” de rede social.
A Carta equivale a uma ordem do general à sua tropa. Quem não cumpre deve ser punido. Descumpri-la é, por exemplo, afastar o fiscal que lhe aplicou uma multa. Retaliar a imprensa crítica por meio de medidas provisórias.
Ou consignar em ato de ofício da Presidência a discriminação a um meio de comunicação, como na licitação que tirou a Folha das compras de serviços do governo federal publicada na última quinta (28).
Igualmente, incitar um boicote contra anunciantes deste jornal, como sugeriu Bolsonaro nesta sexta-feira (29), escancara abuso de poder político.
A questão não é pecuniária, mas de princípios. O governo planeja cancelar dezenas de assinaturas de uma publicação com 327.959 delas, segundo os últimos dados auditados. Anunciam na Folha cerca de 5.000 empresas, e o jornal terá terminado o ano de 2019 com quase todos os setores da economia representados em suas plataformas.
Prestes a completar cem anos, este jornal tem de lidar, mais uma vez, com um presidente fantasiado de imperador. Encara a tarefa com um misto de lamento e otimismo.
Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa.
Ainda há homens e mulheres que raciocinam neste país nosso. Não só raciocinam como tem a coragem (e o espaço) para que ouçam essas vozes. Este editorial da Folha de São Paulo define bem o atual estado de descontrole do país. Parabéns ao autor e parabéns ao blog corajoso.
Inteligência, visão, raciocínio, limitados, e incontida arrogância, fruto talvez de inferioridade intelectual, ele deveria procurar formar um grupo de conselheiros,, livrando-se do Olavo de Carvalho, já de cara.
Um Editorial que retrata o momento atual, particularmente aos órgãos de Imprensa que atuam de forma independente, mas infelizmente alguns órgãos da mesma Imprensa preferem se esconder e fazer vistas grossas, como se não tivesse nada a ver com isso.
Muitos que fizeram arminha achando que isso resolveria devem estar arrependidos.
Fazer o que, esse é o “Brazil”, temos a cultura e o governo que merecemos.
Eu fico aqui pensando no Felipe Moura Brasil,Augusto Nunes e Zé Maria ,que lastima é o jornalismo capacho.
O maior presidente de todos os tempos. Deveria ser eternizado no cargo. E passar o poder aos sucessores até o fim dos tempos. Só assim o Brasil estará livre do comunismo e poderá se tornar a primeira nação pentecostal do mundo. Deus, Pátria e Família!
Esse J. Armado existe mesmo ou é um robô teleguiado? Inacreditável sua fé! Acredito que seja um comissionado do laranjal!