Do correspondente em Brasília
O pedido de demissão de seis procuradores da Lava Jato, em retaliação contra a sainte procuradora geral da República Raquel Dodge, expõe mais uma vez o messianismo de que se julgam investidos os integrantes dessa dita força tarefa. Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Herbert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira acham que no despacho enviado ao STF a procuradora Raquel Dodge ignorou as “incriminações” que eles produziram contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do STF, José Antonio Dias Toffoli, como resultado da delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Os demissionários (mas continuam ganhando seus salários normalmente!) comportam-se como piás pançudos que, contrariados, desistem de continuar brincando na pelada de terra batida. Julgam-se os donos da bola e tentam acabar com o jogo. Donos da verdade. Mas não passa de messianismo. “Se não for do jeito que eu imagino que eu quero, não vale”, proclamam. Mesmo que as conclusões estejam calcadas apenas numa delação cada vez mais questionada.
Já passou da hora de colocar uma lupa sobre o trabalho desses procuradores. As revelações do The Intercept Brasil desnudaram uma parte. Mas há muito mais, como os demissionários de agora deixam transparecer no seu gesto infantil.
O contra ataque rasteiro da imprensa lacaia. Os milagres e o impossível tornaram reais. Ver bilhoes retornarem aos cofres, intocáveis hospedados prisoes ou com tornozeleiras, num pais chamado Brasil.
Falar mal dos procuradores, usando meios que lhes sao proprios e tipico, hackers… É vitamina, energético, pois, os incomodados que se mudem, desde que nao tenham o passaporte preso.
Os fins não justificam os meios. Esses funcionários ganham prá fazer o seu serviço de uma forma legal.
Mas sobe o poder na cabeça e passam a se achar superiores que devem ser reconhecidos por onde passam. Não podem ser contrariados ou questionados.
Os incomodados são brasileiros com os mesmos direitos de todos cidadãos desde País . Discordar faz parte da vida. A unanimidade é burra. Se recolham a sua insignificância e respeitem as leis existentes.
Façam o seu dever, pra isso nomeados e ganhando muito bem.
Qual a ética do crime ? Não existe. Porém para combate lo tem de seguir uma cartilha, sob pena de ser nulo.
Vamos parar com esta balela dos fins nao justicam os meios.
O evidente “excesso de zelo” de parte do MP e de alguns togados já podia ser sentido há tempos.
Sou servidor publico, trabalho em órgão sempre na linha de tiro do MP e acompanhei situações onde os colegas procuradores estavam nitidamente sem norte, pescando alguma coisa para terem o que investigar.
Claro que a missão do MP é relevantíssima, mas parece que alguns membros passaram do ponto e tomaram seus ideais como uma missão messiânica… E vejam que digo “seus” ideais, não os ideais de sua corporação ou orgão.
Enfim, como disse um ex-chefe meu: nada mais perigoso que alguém com muito poder e pouco discernimento.
E tb acabem com o tal sigilo e meias palavras; tem que dizer pq saíram, com o que (fatos) não concordam; enfim, matar a cobra e mostrar o pau. Ora, pois, né?