de Avigdor Hameiri*
Eu, criança sensível
que abria a janela diante de uma mosca transida de frio,
que ajudava a formiga em seu trabalho,
suprimir uma vida?
erguer um sabre?
Meu Deus, meu Deus,
e que faria do judeu que há em mim?
Meu Deus, meu Deus,
talvez te hajas emganado.
Estarás enganado. talvez.
Exterminarei para sempre
as preces de desespero,
matarei as profecias da morte.
E pela minha vida santificarei
o Nome de Nosso Senhor;
não pela minha morte.
*Poeta judeu nascido na Hungria (1890/1970)