O discurso mais sincero na votação do relatório sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, foi de Eduardo Cunha, presidente da Câmara e o mais bandalho dos deputados. Antes do sim, ele disse: “Que Deus tenha misericórdia dessa Nação”. Mais sincero, impossível.
Foi impressionante o desfile da pastorada evangélica e a sucessão de discursos inflamados, a maioria eivada de atentados ao vernáculo (ao bom senso nem se fala!), além do abuso contra o mandamento que proíbe o uso do nome de Deus em vão. Perguntar não ofende: que país poderia ter Deus como o Senhor — como pregaram tantos — com pastores, apóstolos e missionários dessa qualidade?
Habemus coerência no Ivan Schmidt, hoje ao menos.
Tem pastor que mais parece um vendedor de carne da liderança capitalização do escroque Silvio Santos.
Esta foi a mais sincera de todas as declarações, o cara sabe muito bem do tamanho da misericórdia que devemos esperar de Deus. A invocação vindo de quem vem mostra o tamanho da desgraça em que vivemos. Será que Deus se arrisca a encarar esta parada?