Pesquisadores descobriram que o “crocossapo” (Australerpeton cosgriffi), um animal anfíbio com quase 3 metros de comprimento, viveu há 260 milhões de anos na região onde hoje se localiza a Serra do Cadeado, no Paraná. O bicho era muito feio. Estava no lugar certo, não? Confira:
O crocossapo do Paraná
Eu sei, eu sei que “crocossapo” é feio pra dedéu, mas não consigo imaginar jeito mais vívido de descrever o glorioso Australerpeton cosgriffi. Trata-se de um anfíbio (daí o “sapo”) com 2,5 metros ou mais de comprimento e corpo de crocodilo — inclusive escamas, o que é completamente bizarro quando estamos falando de quase todos os anfíbios modernos, como decerto você sabe.
Esse monstro viveu num sistema de lagos e dunas costeiros no longínquo Permiano, lá se vão 260 milhões de anos, quando todas as terras emersas do planeta estavam reunidas num único continente, a célebre Pangeia. O que restou do lar do A. cosgriffi é hoje a serra do Cadeado, no interior do Paraná.
A analogia mais próxima não é com qualquer crocodilo, mas especificamente com os gaviais, répteis da atual Índia que possuem um focinho alongado muito parecido, dedicado a capturar peixes n’água — provavelmente também era essa a ocupação do nosso crocossapo.
A espécie é conhecida dos paleontólogos brasileiros desde os anos 1990, mas uma nova pesquisa, coordenada por Estevan Eltink e Max Cardoso Langer, da USP de Ribeirão Preto, fez uma nova e detalhada descrição do crânio da criatura, com o objetivo de determinar onde ela se encaixa no álbum de família dos anfíbios primitivos. Trata-se, ao que tudo indica, de um animal cujos parentes mais próximos tinham focinho curto e viviam na atual África do Sul.
Mais detalhes sobre a pesquisa você encontra nesta reportagem que escrevi para a Agência Fapesp.
E ai os Crocossapos desceram a serra do cadeado e a serra do ,Purunã chegando em Curitiba,ai viraram políticos e estão lá a muitos anos bem modificados,o único crocossapo que não se modificou foi o distinto JAIME LERNER que continua sendo um crocossapo.