7:04As exumações do Paraná

O presidente da CPI da Petrobras, deputado federal Hugo Motta (PMDB/PB), desistiu de pedir a exumação do corpo de José Janene, depois de promover um dia inteiro de estardalhaço por conta da suspeita de que o paranaense tinha forjado a própria morte para fugir das garras da Justiça ao ser condenado no caso do Mensalão. Motta se convenceu depois que Stael Fernanda, ex-mulher de Janene, demoliu a suspeita chamando-a, no mínimo de fantasiosa e perguntando porque o deputado não tinha consultado os filhos e parentes de Janene antes de falar sobre a exumação. Se o país ficou de cabelo em pé e também riu com a história, os paranaenses, de certa forma, nem tanto. Em 2003 a CPI do Banestado instalada na Assembleia Legislativa do Paraná pediu a exumação do corpo do ex-secretário de Esporte e Turismo Osvaldo Magalhães dos Santos, que morreu em acidente de carro em setembro de 1998. Ele era acusado de um desvio milionário no banco e teria arquitetado o plano mirabolante para não ser preso. Houve, de fato, a exumação –  e em janeiro de 2004 o resultado do teste de DNA realizado pelos técnicos do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul confirmou ser dele mesmo o corpo enterrado. Quem anunciou o resultado em nota oficial foi, por coincidência, o juiz federal Sergio Moro, da 2.ª Vara Criminal de Curitiba.

 

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