de Paulo Mendes Campos
De lá de via um muro transparente
E além uns mares lentos e facundos,
Roteiros retorcidos, submundos
De porões recriados num repente
De luz das vesperais de antigamente,
Trilhas navais, romances vagabundos,
Entrelaçados mares oriundos
De ser a gente um ente diferente
Que só pretende o que não vê e vê
De olhos limpos aquilo que não há,
Gente desmedida que descrê
De quanto existe para ver e está
Sempre eludindo o muro e que demanda
O céu a terra o mar de uma varanda.