Do Valor Econômico

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Paraná “nunca foi discriminado pelo governo federal”, ao discursar ontem em Curitiba, no ato que marcou o início da campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao governo estadual. Dilma reagiu aos ataques feitos ao Planalto pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que disse haver um cerco econômico ao Estado. “Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Paraná chegam a R$ 47 bilhões”, afirmou.

O governador paranaense conseguiu a liberação de um empréstimo do BNDES de R$ 817 milhões, que estava sendo retido pelo governo federal há dois anos (ver matéria nesta página).

Para pressionar o governo federal, Richa ingressou na terça-feira com uma ação no Supremo Tribunal Federal, em que chegou a pedir a prisão do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. A presidente acrescentou ainda que o financiamento à produção rural no Paraná atingiu R$ 60 bilhões. “Os adversários irão procurar esconder o que estamos fazendo no Paraná”, disse. “Eles mentem sobre nós, mas falaremos a verdade sobre eles”, completou.

Dilma disse que com a Copa do Mundo o governo está dando “uma lição aos que tinham complexo de vira-latas”.

Em sua fala de meia hora, Dilma se preocupou também em mencionar o combate à corrupção que estaria sendo feito pelo governo federal. “Nunca fomos engavetadores de processos. Não varremos nada para debaixo do tapete”, disse. Dilma encerrou o discurso pedindo um minuto de silêncio ao auditório de 2,4 mil militantes, em honra à memória dos mortos no desabamento de um viaduto em Belo Horizonte, horas antes.