Cena curitibana. No debate sobre drogas realizado ontem à noite no palco Ruínas da Corrente Cultural, excelente iniciativa de Diogo Busse, diretor de Política Pública Sobre Drogas de Curitiba, que colocou um pouco de luz nas trevas e desconhecimento sobre o assunto, havia um bêbado na plateia que não se conformava com o que ouvia. Ele passou as duas horas do bate-papo soltando impropérios contra quem estava no palco. Às vezes ficava gritando da arquibancada, outras perto do palco, andava de lá pra cá, mostrava uma latinha de cerveja e oferecia, xingava os participantes e dizia, resumidamente, que eles não sabiam nada sobre o assunto. Na verdade foi o melhor exemplo sobre a parte em que se abordou o alcoolismo, a droga que mais mata no Brasil, até porque é lícita e tem o consumo incentivado de toda forma. Ali ele exemplificava ao vivo o que se falou sobre o percentual das pessoas que bebem e têm problemas, ou seja, que se transformam em dependentes e precisam de ajuda, na relação com o restante do público que acompanhou o que se falou sobre o tema. A liberação da maconha, o crack, política de redução de danos, foram, entre outros, os temas abordados. O signatário e o jornalista Tarso Araújo, autor do livro Almanaque sobre Drogas, participaram da conversa mediada com maestria pelo jornalista Alvaro Borba.
Parabens Zé! Quem iluminou o debate foi você, com sua coragem, serenidade e experiência. Não me canso de dizer que é um grande aprendizado cada oportunidade de ouvi-lo. Grande abraço