Quando o Tatuzão começar a escavar o buraco do metrô de Curitiba, a cada 15 minutos vai sair dali um caminhão com a terra retirada. Nos locais onde serão construídas as estações, o buraco vai ser mais embaixo e o entorno será um transtorno.
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3 ideias sobre “Tatuzão”
Fernando
Se com o tatuzão vai dar transtorno no entorno dos buracos a ceu aberto (que serão poucos), imagine o transtorno ao longo de 7,5 km de canaletas com buracos de 12 metros de largura e 17 metros de profundidade. Não haveria caminhão que chegasse nem lugar para onde tanta terra fosse levada. Aliás, nem local de despejo tinha sido previsto. E depois, na hora de tapar o túnel e reconstituir a avenida, boa parte desta mesma terra teria de voltar ao seu lugar. Mais caminhões-tombeiras pra lá e pra cá.
antonio carlos
Perdoe-me a impertinência, mas porquê 17 metros de profundidade? Da largura não discuto, só me causou espécie a profundidade. O primeiro metro da América Latina foi construído no método antigo, mas os tempos eram outros. E a profundidade não chega a tanto.
Fernando
Simples, meu caro Antonio Carlos: 17 metros nas partes “boas”, porque em outros lugares pode ser até mais do que isso; em outras pode ser menos. Veja só: a altura de um túnel é de quase dez metros; não esquecer que há “alicerces” sob os futuros trilhos, que consomem pelo menos um a dois metros de profundidade (ou até mais, conforme o subsolo, às vezes lodoso, como costuma ser em Curitiba). Só aí já teremos necessidade de uns 12 metros de buraco. Lembre-se que sobre a via do metrô haverá uma avenida por onde continuarão trafegando carros e veículos pesados (incluindo ônibus), que por sua vez também exigem uma base forte abaixo da superfície. Outra coisa: as linhas de metrô não podem ter aclives ou declives muito fortes – precisa ser o mais planas possível. Então, naqueles locais mais altos da superfície a escavação deve ser mais profunda do que nos mais baixos, de tal modo que abaixo os trilhos sigam no nível necessário (nunca mais de 6% de desnível a cada 1.000 metros). Deu agora pra entender por que na média calcula-se profundidade de 17 metros? Já pensou escavar 17metros x 12 o que isto representa em remoção de terra e entulho? O que seria feito do comércio existentes nas canaletas? E dos moradores que precisam acesso às garagens? Como ficariam as mudanças e as entregas de mercadorias? E onde colocar os expressos que hoje usam as canaletas? Deu pra perceber o quanto era “burro” o projeto do Ducci? Com o tatuzão, tudo será feito por baixo, aqui e acolá com saídas para o entulho, e que podem ser fechadas à medida que o tatuzão avançar. É claro que o sistema é muito mais caro. Mas os prejuízos para a cidade muito menores.
Se com o tatuzão vai dar transtorno no entorno dos buracos a ceu aberto (que serão poucos), imagine o transtorno ao longo de 7,5 km de canaletas com buracos de 12 metros de largura e 17 metros de profundidade. Não haveria caminhão que chegasse nem lugar para onde tanta terra fosse levada. Aliás, nem local de despejo tinha sido previsto. E depois, na hora de tapar o túnel e reconstituir a avenida, boa parte desta mesma terra teria de voltar ao seu lugar. Mais caminhões-tombeiras pra lá e pra cá.
Perdoe-me a impertinência, mas porquê 17 metros de profundidade? Da largura não discuto, só me causou espécie a profundidade. O primeiro metro da América Latina foi construído no método antigo, mas os tempos eram outros. E a profundidade não chega a tanto.
Simples, meu caro Antonio Carlos: 17 metros nas partes “boas”, porque em outros lugares pode ser até mais do que isso; em outras pode ser menos. Veja só: a altura de um túnel é de quase dez metros; não esquecer que há “alicerces” sob os futuros trilhos, que consomem pelo menos um a dois metros de profundidade (ou até mais, conforme o subsolo, às vezes lodoso, como costuma ser em Curitiba). Só aí já teremos necessidade de uns 12 metros de buraco. Lembre-se que sobre a via do metrô haverá uma avenida por onde continuarão trafegando carros e veículos pesados (incluindo ônibus), que por sua vez também exigem uma base forte abaixo da superfície. Outra coisa: as linhas de metrô não podem ter aclives ou declives muito fortes – precisa ser o mais planas possível. Então, naqueles locais mais altos da superfície a escavação deve ser mais profunda do que nos mais baixos, de tal modo que abaixo os trilhos sigam no nível necessário (nunca mais de 6% de desnível a cada 1.000 metros). Deu agora pra entender por que na média calcula-se profundidade de 17 metros? Já pensou escavar 17metros x 12 o que isto representa em remoção de terra e entulho? O que seria feito do comércio existentes nas canaletas? E dos moradores que precisam acesso às garagens? Como ficariam as mudanças e as entregas de mercadorias? E onde colocar os expressos que hoje usam as canaletas? Deu pra perceber o quanto era “burro” o projeto do Ducci? Com o tatuzão, tudo será feito por baixo, aqui e acolá com saídas para o entulho, e que podem ser fechadas à medida que o tatuzão avançar. É claro que o sistema é muito mais caro. Mas os prejuízos para a cidade muito menores.