de Jorge Luis Borges
Não é extraordinário pensar que dos três tempos em que dividimos o tempo – o passado, o presente e o futuro -, o mais difícil, o mais inapreensível, seja o presente? O presente é tão incompreensível como o ponto, pois, se o imaginarmos em extensão, não existe; temos que imaginar que o presente aparente viria a ser um pouco o passado e um pouco o futuro. Ou seja, sentimos a passagem do tempo. Quando me refiro à passagem do tempo, falo de uma coisa que todos nós sentimos. Se falo do presente, pelo contrário, estarei falando de uma entidade abstrata. O presente não é um dado imediato da consciência. Sentimo-nos deslizar pelo tempo, isto é, podemos pensar que passamos do futuro para o passado, ou do passado para o futuro, mas não há um momento em que possamos dizer ao tempo: «Detém-te! És tão belo…!», como dizia Goethe. O presente não se detém. Não poderíamos imaginar um presente puro; seria nulo. O presente contém sempre uma partícula de passado e uma partícula de futuro, e parece que isso é necessário ao tempo.
Zé, que tal colocar um link daqui com o twitter para podermos postar lá as matérias que gostamos daqui ?! Está fazendo muita falta! Abraços e saudações rubro-negras!
Procuramos – minha mulher e eu, a casa de Jorge Luiz Borges em Buenos Aires, dia 6.
Achamos a casa, mas na revista que a descrevia, tava que só abria prá visitação, depois das 16 horas. Almoçamos num restaurante – eita bóia ruim, sô, na rua à qual ele empresta o nome. Daí, fomos pro endereço. Tocamos a campainha e uma dona de casa nos disse que há tempos o museu havia sido desativado. É agora uma residência comum.