Em setembro passado a presidente Dilma Rousseff vetou a isenção de impostos dos produtos da cesta básica aprovada pelo Congresso em iniciativa do PSDB. Ontem ela anunciou a isenção como iniciativa do governo federal. Os tucanos ficaram tiriricas, divulgaram nota onde afirmam que Dilma deveria ter humildade de se desculpar pelo que fez antes e tocam no ponto: em rede nacional de rádio e televisão ela falou como candidata e não como presidente da República. Na nota, alertam para a possibilidade do fim da estabilidade monetária, com o recrudescimento da inflação, e dizem que, “não reconhecer a herança bendita do PSDB é uma opção da presidente, mas colocá-la em risco é uma perversidade para com os brasileiros mais pobres”. Confiram:
NOTA À IMPRENSA – “A presidente Dilma deveria se desculpar com os brasileiros por ter vetado a isenção de impostos à cesta básica”
Esperávamos que a presidente Dilma Rousseff tivesse a humildade de se desculpar com a população brasileira por ter vetado, em setembro passado, a iniciativa do PSDB, aprovada pelo Congresso, que isentava de impostos a cesta básica.
Se não tivesse vetado a emenda aprovada, o benefício de produtos mais baratos já teria chegado à mesa dos brasileiros meses atrás.
Mais uma vez, falou a candidata e não a presidente da República, que perdeu a oportunidade de explicar ao país as razões do recrudescimento da inflação que temos vivido.
No mesmo dia em que a presidente vai à televisão em cadeia nacional, o IPCA de fevereiro anunciado mostra que a equação, indisciplina fiscal mais frouxidão monetária, está nos levando ao descontrole inflacionário, apesar das manipulações de preços que o governo vem fazendo no setor de energia e de petróleo.
O Brasil está caminhando numa velocidade enorme para ultrapassar, já em março, o teto da meta anual de inflação de 6,5%.
Faltou a presidente reconhecer que, nos últimos 12 meses, itens como alimentação e bebidas, que pesam mais de 25% do orçamento da população mais pobre, já tiveram aumento de preços de 12,48% e os gastos com despesas pessoais de 10,74%.
Quem paga a conta são exatamente os mais pobres.
A maior conquista da sociedade brasileira nas últimas décadas, que foi exatamente a estabilidade monetária, está claramente colocada em risco pela má condução da política econômica do governo.
Não reconhecer a herança bendita do PSDB é uma opção da presidente, mas colocá-la em risco é uma perversidade para com os brasileiros mais pobres.
Brasília, 08 de março de 2013
Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB
No Paraná, Richa isenta ICMS do transporte público
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), se antecipou a presidente Dilma Rousseff e vai isentar o ICMS sobre o diesel usado para transporte coletivo em cidades integradas em regiões metropolitanas. O projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa na próxima semana. No primeiro momento, Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e outras cidades que tenham sistemas integrados de transporte podem ser atendidas.