Do enviado especial
Ontem, na cerimônia da OAB, o que todos notaram foi a figura mais disputada do evento, o famoso advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o mais caro de Brasília e que atende os grandes autores de delitos financeiros, os chamados de colarinho branco. Ele, o único de roupa esporte, foi o mais assediado. Ao mesmo tempo, entre alguns advogados tradicionais e conservadores avessos ao estrelismo, se comentava nos bastidores, com juízes e procuradores presentes, que os discursos inflamados contra a corrupção na área pública, os manifestos e o remember do movimento de moralização ocorrido com manifestações nas ruas, contrastam com a atuação veemente das maiores e mais qualificadas e famosas bancas do país na defesa dos mega casos de corrupção como o caso do mensalão, onde os advogados capitaneados pelo ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, receberam dezenas de milhões de reais em honorários cuja origem certamente é duvidosa e questionável. Mesmo com o constitucional e sagrado direito de defesa inerente ao estado democrático, nesses casos a propalada ética profissional praticada pela imensa maioria dos que advogam na planície é vencida pelo insaciável apetite dos tubarões da profissão que habitam o Planalto e integram o topo da cadeia alimentar do ataque ao erário, embora justifiquem suas ações sempre com absoluta maestria .
Não esquecer, também, que a própria prática interna da OAB é nefasta.
A hora e a vez é a dos advogados criminalistas. Depois, dizem que o crime não (re)compensa.
Fosse eu advogado criminalista, morreria de fome. E se dependesse de convite prá defender mensaleiro, de sede.
Sou adepto de Se o mundo ficar contra mim, fico do lado do mundo.